sexta-feira, 12 de abril de 2013

FARINA E SUAS AVENTURAS COM CARROS - ANOS 60 e 70

Desde mocinho gosto e faço façanhas com carros. Com 12 anos já dirigia o jipe do meu pai. Quem me ensinou a dirigir foi o meu irmão, o Paulo. Em 1960 e bolinhas em uma noite de Natal meus pais foram na missa do galo e o meu irmão Paulo me convidou para dar um volta de jipe pela cidade.  Andamos bastante e quando chegamos em frente a prefeitura ele me ofereceu o jipe para eu levar, mas esqueceu de perguntar se eu sabia guiar. Mas como tinha muita vontade... aceitei. Na reta até que fui bem.. mudei marcha e tudo, mas guando chegamos em frente da nossa casa ele falou abruptamente: entra aí!...  puxa!.. ele me pegou de surpresa e acabei derrubando parte do muro  frontal de casa. Bateu o desespero... erguemos o muro e fomos dormir, mas o muro ficou "bambo" e cheio da rachaduras. Meus pais chegaram da missa,  foram dormir e não viram nada.  De manhã quando meu pai foi abrir o portão para sair o muro caiu de novo. Meu pai quase se machucou. Não demorou muito e logo o Paulo contou para ele que foi o autor da façanha. Neste dia fui acordado pelo meu pai com a cinta estalando na minha bunda. Nem reclamei pois entendi merecedor da punição. Em uma outra oportunidade o meu irmão, o Pedro, recebeu um colega de escola para um trabalho escolar. Era um japonês e ele tinha uma lambreta azul. O meu irmão Marco Antonio ( que era o mais normal dos quatro irmãos ) chegou para mim e disse: - vamos andar de lambreta? eu respondi: - como se nunca andamos com isso e não temos a chave? ele respondeu: -  deixa comigo... só me ajuda a empurrá-la até a rua. E assim fizemos. Já um pouco longe de casa ele deu "um tranco" e não é que a  "danada" pegou... e aí todos "metidos" andamos a cidade inteira...  ele dirigindo e eu na garupa.  Na  volta ele desligou a lambreta a uns 30 metros de casa e empurramos ela desligada para que o japonês não ouvisse o barulho do motor. Na saída o japonês comentou com o meu irmão: - engraçado.. o motor ainda não esfriou... e nós ali do lado fazendo cara de bobos e anjinhos...Até hoje o japonês nem imagina o que fizemos. Nos anos 80 meu pai tinha um fusca 1966. Como eu era "corredor" meu pai nunca deixava eu sair sozinho. Um dia peguei o fusca escondido e fui para os lados do Caramurú. Chegando próximo ao sítio dos Trevisan esqueci do "mata-burro" que havia lá na estrada e acabei voando literalmente com o fusca por uns 15 metros a uma altura de 2 metros, mais ou menos . Quando o fusca caiu no chão abriu as duas portas. Eu, sem cinto de segurança ( que na epoca não existia ), tive que me segurar para não cair fora do carro. O fusca era forte. Suportou o impacto sem danos. Voltei para casa "numa boa"... só um pouco assustado com o coração a mil. Em outra oportunidade estávamos num baile em Sabáudia. Eu, meus irmão Pedro e Paulo e meu primo o Toninho. Meu pai emprestou o carro na confiança do mais velho, o Pedro. No meio do baile eu e o meu primo aplicamos "um golpe" no Pedro. Pedimos a chave para irmos no carro pegar as blusas, pois estava frio. Como o Pedro era inocente (ele entregou a chave). Na verdade queríamos dar uns "ferros" na cidade. Bem no centro da cidade havia ( ainda há) um rotatória. Dei várias voltas nesta rotatória cantando os pneus. O fusca quase capotou. De repente o eu primo fala: - Zé Carlos eu acho que a polícia vem vindo. Olhamos e vimos as lâmpadas giroflex. Saí rumo sul por uma estrada de terra a mais de 80 por hora e depois de alguns minutos entrei em um carreador e ficamos esperando para ver se a polícia passava. Graças a Deus não veio. Voltei para o local do baile com as luzes apagadas e escondemos o fusca debaixo de um pé de manga. Na volta o meu irmão perguntou bravo porque eu tirei o fusca do lugar. Eu com a maior cara de pau disse que era para não pegar sereno. Ele achou que tinha lógica. kkkkk Mas, engraçado mesmo foi o meu pai ensinando o meu irmão Pedro a dirigir.  Estávamos  no sítio do meu avô à noite e na volta meu pai mandou o Pedro dirigir. Ele não gostava e disse que não queria. Meu pai insistiu. Aí ele "emburrado" sentou no lugar do motorista e começou a lição. Por umas duas vezes o jipe "afogou" e "morreu". Meu pai já nervoso e falando alto dizia: - acelera!.. acelera".. o  meu irmão acelerou no último aí o meu pai falou: - tira o pé  da embreagem. Quando ele tirou o pé o jipe saiu em disparada "queimando pneu" e bateu em um pé de eucalipto que estava próximo. Aí o coitado do meu irmão, além de não querer dirigir ainda voltou para casa com as orelhas quentes, pois foi um puxão de orelhas forte  foi o seu castigo. kkkkkkk Mas tudo isso acontedeu a muitos anos atrás. De lá para cá criamos um pouco de juízo.  JOSÉ CARLOS FARINA

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