sábado, 21 de dezembro de 2019

sábado, 7 de dezembro de 2019

JOGOS ABERTOS ROLÂNDIA 1974

PAULO ROCHA AMARAL
CLIQUE
NA  FRENTE VEMOS JOHNNY LEHMANN, VALDEMAR GONÇALVES, MIÚDO.
FOTO TIRADA NO GIN. ESPORTES DO CENTRO.


quarta-feira, 18 de setembro de 2019

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

ROLÂNDIA: JUDEUS E ALEMÃES SEPARADOS NO CEMITÉRIO SÃO RAFAEL

De acordo com o depoimento de Bernardy e reproduzido por Castilho, o início da colonização de Rolândia se deu pela Estrada São Rafael. 
O Cemitério São Rafael, que fica na região, possui 14 quadras com 379 terrenos. 
Segundo Bernardy, as quadras do lado esquerdo eram reservadas para a religião luterana, as da direita para os católicos e as do fundo, dos dois lados, para os de outras religiões, basicamente os judeus.
DEPOIMENTO DADO A MARCO SOARES

PAULO BRIGUET DA FOLHA ESCREVE SOBRE ALEMÃES E JUDEUS DE ROLÂNDIA

DURANTE UMA VISITA AO CEMITÉRIO SÃO RAFAEL

clique para ler

NAZISMO EM ROLÂNDIA ??

Uma notícia que uns confirmam e outros negam, é que um pioneiro alemão que tinha uma propriedade na zona rural,  era partidário e defensor do Nazismo. Comentaram na época  que o mesmo chegou a erguer uma bandeira com uma suástica em um mastro, durante uma festa havida.
As denuncias partiram na época por parte de algumas famílias judias.
Apesar do nosso empenho não conseguimos identificar quem seria esta pessoa. Peço perdão aos nossos leitores.

LEIA MAIS (CLIQUE)

ROLÂNDIA TINHA CAMPO DE AVIAÇÃO

Nos anos 50 a 70 Rolândia possuiu um Campo de Aviação com pista de terra. O campo ficava ali próximo aos Cinco Conjuntos. Rolândia teve dois aviadores naquela época: Seu Dario e o Dr. Orion Vilanueva.
Na década de 80 o campo foi fechado e no lugar implantado um conjunto habitacional.
Neste site temos uma foto de um avião que um dia teve que aterrizar na av.. Castro Alves e ir taxiando até o posto de gasolina que ficava na esquina da Av. Expedicionários com a Santos Dumont.
Isto aconteceu.....
JOSÉ CARLOS FARINA

ROLÂNDIA: ADVOGADO MATA CARTORÁRIO NA PORTA DO FÓRUM

Um dos crimes que gerou maior repercussão em Rolândia nos anos 50 foi o do advogado que matou o cartorário do Fórum. O advogado Albanir Mafredini teve desentendimentos com o cartorário por questões processuais. A animosidade foi crescendo culminando  com o assassinato do cartorário na porta do Fórum.

JOSÉ CARLOS FARINA

O MAIOR INCÊNDIO DE ROLÂNDIA

Na década de 40  alguém ateou fogo no capim seco um uma propriedade perto da antiga zona do km. 5. O fogo veio se alastrando por toda a gleba (região sul) e  chegou até próximo a Cambé. Foi o maior incêndio ambiental ocorrida na região.


JOSÉ CARLOS FARINA

ROLÂNDIA: MORTE NO SALÃO DE BILHAR

Na década de 50, um jogador famoso na cidade, de origem  árabe brigou com o seu rival do bilhar. Trocaram socos. O rival após receber um soco, caiu e bateu a cabeça no piso, vindo à óbito.


JOSÉ CARLOS FARINA

ROLÂNDIA: ALEMÃO FOI ESQUARTEJADO

Descobri hoje conversando com um amigo que conhece história de Rolândia, que na década de 50 um alemão pioneiro de Rolândia foi assassinado e esquartejado. Os restos mortais foram colocados em uma  grande mala de couro e jogado na beira de uma rua aqui da cidade.


JOSÉ CARLOS FARINA

O HOMEM MAIS FORTE DE ROLÂNDIA BRIGOU

Apuramos de fonte fidedigna que o homem mais forte de Rolândia, Uli Bartz, um dia brigou com um outro que  tinha a fama de ser o melhor lutador. Segundo a minha fonte, UIi venceu.


JOSÉ CARLOS FARINA

MAIOR ACIDENTE DE ROLÂNDIA

Anos 40/50. Segundo apurei  foi a explosão de uma caldeira de uma serraria instalada na época na saída de Rolândia para São Martinho. Algumas pessoas morreram e outras ficaram feridas. 


JOSÉ CARLOS FARINA

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

MATA-BORÃO

MAIS UM POUCO DE "SEMANA DA PÁTRIA"

Você é do tempo do Mata Borrão? Meu avó adorava escrever longas cartas com as suas canetas tinteiro e tinha rolos de Mata Borrão na sua mesa no escritório... 
Não lembro de ter visto o uso do rolo, mas imagino que ele enxugava o excesso de tinta. Este Mata Borrão ainda nem saiu de sua embalagem. 
Ele foi achado, num armário, atacado pelas traças. Estamos motivados a cuidar do nosso passado pela visita, no dia 16, do Professor Marco com seus alunos de história da UEL e o encontro com a UNI-Koblenz em novembro, da "summer school", que debaterá sobre a "política de memória"... Daniel Steidle

terça-feira, 3 de setembro de 2019

ROLÂNDIA: DEPUTADO ESTADUAL PEDRO LIBERTI PTB

DEPUTADO POR ROLÂNDIA.
DE 55 A 1959.
PESQUISEI.
ELE APRESENTOU 3 PROJETOS.
TODOS DE ESCOLAS E REFORMAS.
FOI  PREFEITO DE ROLÂNDIA TBM.

SE ENVOLVEU EM UMA BRIGA EM ROLÂNDIA QUE SE TORNOU LENDA.
ATIROU E MATOU SEU ADVERSÁRIO ANTENOR FERRI EM  AGOSTO DE 1955, EM PLENA CAMPANHA POLÍTICA.

LEIA ESTA MATÉRIA EM OUTRA POSTAGEM DESTE SITE.

PESQUISA JOSÉ CARLOS FARINA





MAIS TORNOZELEIRAS EM ROLÂNDIA ??

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

EX-DEPUTADO ESTADUAL XENOFONTE VILLANUEVA HOMENAGEADO

SITE DA ASSEMBLEIA DO PR.




























Deputada Cantora Mara Lima (PSDB), Celita Albertina Fugante Villanueva, esposa do ex-deputado Xenofonte Macedo Xavier Villanueva, e o presidente da Alep, Valdir Rossoni (PSDB). / Foto: Nani Gois/Alep

BIOGRAFIA

CHEGOU EM ROLÂNDIA EM 1949
CONSTRUIU O HOSPITAL SÃO PAULO, UM DOS MAIS MODERNOS DO NORTE DO PARANÁ, NA ÉPOCA.
VEREADOR EM 1968
DEPUTADO ESTADUAL EM 1970
TROUXE PARA ROLANDIA O GINASIO ESPORTES EMILIO GOMES
ESCOLA FRANCISCO VILANUEVA
APAE ROLÂNDIA.
NOS ANOS 8O PASSOU A CUIDAR DO SEU HOTEL EM FOZ.
FALECIDO.
FOI CASASO COM CELITA FUGANTI,
TEVE 4 FILHOS.

ROLÂNDIA: ANTENOR FERRI x PEDRO LIBERTI ANOS 50

O dia 09 de agosto de 1955 foi trágico e triste para Rolândia. Naquele ano houve eleição para prefeito. Antenor Ferri era candidato. Pedro Liberti era deputado estadual e apoiava o candidato rival.
Neste dia Liberti  havia chegado de Curitiba e alguns correligionários lhe comunicaram que soltaram folhetins na cidade, acusando-o de desfalque na prefeitura no valor de 2 milhões de cruzeiros.
Nervoso com  notícia concedeu entrevista na Rádio, devolvendo algumas insinuações contra Ferri.
No mesmo dia, Ferri foi tirar satisfação com Liberti, encontrando-o  em frente a prefeitura, em companhia do prefeito, do tesoureiro, do almoxarife e do chefe do posto eleitoral (a prefeitura funcionava no atual calçadão).
Após uma discussão acalorada, começou um tiroteio. O tesoureiro José Costa Fontes foi atingido nas costas, Liberti foi alvejado no abdômen e na nuca. Ferri foi atingido por  3 projeteis  que ocasionaram  sua morte.
O delegado Tenente Afonso Lopes da Cruz, disse na ocasião que foi encontrado apenas um revólver no local.
O irmão de Ferri veio de santa catarina para o velório e enterro e disse que seu irmão não tinha arma de fogo e não sabia atirar.
Alguns correligionários de Ferri tentaram linchar Liberti enquanto estava internado no Hospital São Paulo. 
Não fiquei sabendo até hoje como foi o julgamento deste "duelo".
JOSÉ CARLOS FARINA

FONTE DE PESQUISA: JORNAL CORREIO DA MANHÃ, RJ. 17/08/1955.



































ANTENOR FERRI

ROLÂNDIA: DESENTENDIMENTOS E MORTE NA POLÍTICA

O dia 09 de agosto de 1955 foi trágico e triste para Rolândia. Naquele ano houve eleição para prefeito. Antenor Ferri era candidato. Pedro Liberti era deputado estadual e apoiava o candidato rival.
Neste dia Liberti  havia chegado de Curitiba e alguns correligionários lhe comunicaram que soltaram folhetins na cidade, acusando-o de desfalque na prefeitura no valor de 2 milhões de cruzeiros.
Nervoso com  notícia concedeu entrevista na Rádio, devolvendo algumas insinuações contra Ferri.
No mesmo dia, Ferri foi tirar satisfação com Liberti, encontrando-o  em frente a prefeitura, em companhia do prefeito, do tesoureiro, do almoxarife e do chefe do posto eleitoral (a prefeitura funcionava no atual calçadão).
Após uma discussão acalorada, começou um tiroteio. O tesoureiro José Costa Fontes foi atingido nas costas, Liberti foi alvejado no abdômen e na nuca. Ferri foi atingido por  3 projeteis  que ocasionaram  sua morte.
O delegado Tenente Afonso Lopes da Cruz, disse na ocasião que foi encontrado apenas um revólver no local.
O irmão de Ferri veio de santa catarina para o velório e enterro e disse que seu irmão não tinha arma de fogo e não sabia atirar.
Alguns correligionários de Ferri tentaram linchar Liberti enquanto estava internado no Hospital São Paulo. 
Não fiquei sabendo até hoje como foi o julgamento deste "duelo".
JOSÉ CARLOS FARINA

FONTE DE PESQUISA: JORNAL CORREIO DA MANHÃ, RJ. 17/08/1955.






















ANTENOR FERRI























PEDRO LIBERTI

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

TRINCHEIRA DO TREM FERROVIÁRIA DE ROLÂNDIA 15/08/19 FARINA

CHARRETE COM CAPOTA

ALGUÉM JÁ ANDOU EM UMA DESTA?

NOS ANOS 60 HAVIA EM ROLÂNDIA UM "PONTO" DE ALUGUEL, TIPO TAXI COM ESTAS CHARRETES.  ERA CONHECIDA COMO "BALAIO DE PUTA". É PORQUE MUITOS PROSTITUTAS DA "ZONA DO MERETRÍCIO" COSTUMAVAM CONTRATAR ESTE SERVIÇO DE TRANSPORTE DA ÉPOCA.
FARINA

Foto: Fonte Google.

quarta-feira, 31 de julho de 2019

segunda-feira, 17 de junho de 2019

A FAMÍLIA FARINA E OS PRIMEIROS ANOS EM ROLÂNDIA


A vida dos pioneiros em Rolândia (e  em todo o norte do paraná)   foi muito dura. A dos pioneiros italianos um pouco mais difícil. É que eles em sua grande maioria não tinham dinheiro. Sofreram muito e para conseguir alguma coisa tiveram que economizar muito.
Foi muito duro o trabalho da derrubada da mata e o preparo do solo para as primeiras lavouras.
Nos primeiros anos valeu muito a  solidariedade e ajuda mútua dos vizinhos.
Meu avô e meu pai falavam sempre da ajuda da família Cavalaro e Fávero.
Meu avô foi pioneiro aqui na Gleba Ciclone, próximo da  Represa do Ingazinho, e quando ele, meus pais e tios não tinham serviço  no sítio, eram contratados para ajudar os Cavalaro e Fávero. Era um dinheirinho extra que vinha sempre em boa hora e que ajudou muito na aquisição de gêneros alimentícios, roupas, calçados e implementos agrícolas que necessitavam.
Em muitas ocasiões os Fávero e Cavalaros ajudaram também o meu avô em mutirões de colheitas de arroz e outros serviços.
Meu avô. Giuseppe Farina sempre ia até os vizinhos tomar uma "branquinha" que nunca faltou nos primeiros anos de colonização.
A vida era muito dura. Havia pouco dinheiro. Eram poucas festas. Pouca diversão.  Pouco ou quase nenhum conforto. Móveis rústicos. Casa simples de madeira, sem forro. Iluminação movida a lamparinas. Banhos de bacia.
Os alimentos eram quase todos produzidos no próprio sítio, tais como: arroz, feijão, verdura, frutas, porcos, ovos e frangos.  Nunca faltou a polenta com frango e o macarrão feito em casa pela nona.
A diversão eram os bailes com barraca coberta com encerrado, as  festas juninas, as rezas e jogos de futebol nos patrimônios. As festas de casamento eram também memoráveis. quase sempre era servido: macarrão  com molho vermelho, frango com molho, polenta, arroz, salada de batata e cerveja gelada no poço d´água.
Os pioneiros italianos participavam sempre nos mutirões para  consertar as estradas, que era feito com enxadas, pás e enxadões. Participavam também em mutirões para construir escolas. 99% dos italianos doaram café para a construção da igreja católica matriz.
Meu avô era analfabeto e meu pai estudou até a 4ª série. Depois de trabalhar muito conseguiram comprar um caminhão Ford 1946. Já não precisavam mais pagar frete.
Depois de mais alguns anos adquiriram uma casa nas proximidades do Campo do Nacional.
Meu pai, José Farina Filho, na década de 50 adquiriu um jipe 1951 e começou a trabalhar como corretor de imóveis. Vendia sítios e fazendas não só no norte do parana, nas também na região de Umuarama, que estava sendo aberta.
Com muito trabalho conseguiu formar cinco filhos na faculdade e deixou um nome honrado que muito amamos e respeitamos.

JOSÉ CARLOS FARINA

* FOTO ACIMA DE GIUSEPPE FARINA, MEU SAUDOSO AVÔ.

MAIOR COLECIONADOR DE CARROS DO PARANÁ NA RECORD By FARINA

RELATO DE UMA PIONEIRA DE ROLÂNDIA SOBRE OS PRIMEIROS ANOS DA CIDADE

Conhecendo seu interesse por Rolândia e sua história ouso transcrever aqui o resgate familiar que fiz. Segue:
Um resgate familiar.
Falando de imigrantes não podemos deixar de falar dos pioneiros ( década de 30) , isto é, aqueles que chegaram quando tudo era nada. Foi assim que a família formada pelos primos, irmãos, cunhados Ernest ( filhos: Rene e Rute) ,Gulzow (filhos Horst e Hilda) , Tolkmith ( filho Alfredo) chegaram em Rolândia: tudo era mato cerrado, tudo estava por ser feito, tudo a ser inventado. O carpinteiro Tolkmith logo, logo desenvolveu sua habilidade e foi exímio construtor. Entre as obras que inicialmente realizou com outros companheiros , está o Hotel Rolândia (iniciado e concluído em 1934), Igreja Metodista Alemã, Hotel Estrela (1934/1935), etc.,etc. A mata era enorme e tornava abundante a madeira para a construção, por isso tudo foi feito em madeira com raríssimas exceções. A família Gulzow /Ernest, dedicou-se ao Hotel Estrela e à agricultura. Ao mesmo tempo, habilidoso com os animais Her Ernest tornou-se veterinário por excelência. Era assim mesmo, múltiplas funções para um lugar que exigia múltiplas habilidades.
Mathias Rausch com seus filhos (Guilherme, Mathias Filho e Margarida), fixa-se em Londrina onde dedica-se ao comércio e à agricultura. Seus filhos Guilherme e Mathias Filho tiveram a visão da oportunidade de ter veículos para transporte de pessoas e não tardaram em ter os primeiros “carros de aluguel” já que não havia ainda trem que facilitasse a mobilidade tanto dos moradores como dos que chegavam de vários lugares buscando a fertilidade do solo.
E assim, de Londrina para Rolândia, chega o jovem Mathias ao coração da jovem Hildegard Gulzow. Mas não pense que era fácil: o caminho era o mesmo de hoje mas no meio da mata cerrada, de terra e quando chovia, de lama – era uma aventura ...
O casamento foi realizado em Rolândia e registrado em Londrina, por absoluta falta de cartório civil . Horst também casou em Rolândia. Tiveram filhos , Walter, Elsa e Margarida (Hilda e Mathias) e Kurt, Edite, Horst F. e Rute (Horst e Elza). E eles, por sua vez já casaram e procriaram. A família Gulzow mora no mesmo endereço de 1934. Os Rausch, mudaram. Os Ernest moram em Londrina, os Tolkmith moram em Rolândia.
Impressiona a disposição que tiveram: no sitio, derrubar a mata, aproveitar a madeira, limpar o terreno para que pudessem plantar – tudo manualmente. Para derrubar as enormes árvores usavam o serrote traçador ou a serra portuguesa movidos por duas pessoas, para limpar usavam foices de diferentes tamanhos; para preparar queimavam e depois passavam o arado puxado por um cavalo e guiado por uma pessoa; só depois plantavam usando semeadeiras manuais para os grãos e as mãos para o café. Tudo dependia de muito esforço e suor. E esperavam com muito trabalho e paciência pelos frutos. No hotel: preparavam os sucos com frutos da temporada através de um processo simples mas próprio para armazenarem para todo o ano. Para ter leite, criavam na chácara (onde até hoje vivem os Gulzow) três a quatro vacas, aproveitavam a nata para fazer a manteiga e os cremes para colocar nas deliciosas tortas e do que restava, vinham os queijos. As frutas serviam também para fazer geleias; os legumes para conservas. Não havia geladeira, o armazenamento era no subsolo (tipo adega) que conservava tudo por um ano ou mais ( Essa adega tinha entrada pela cozinha e serviu também de abrigo para a família quando no termino da 2ª guerra, por serem alemães, o hotel Estrela foi apedrejado). A vida não foi fácil. Foi digna, honrada.
A cidade ainda não possuía clubes sociais, o Hotel Rolândia era dedicado a receber imigrantes, o que dificultava o uso por terceiros, o Hotel Estrela, do casal Herr Ernest e Hulda Gulzow podia ceder suas instalações para as reuniões sociais. Exímia cozinheira Hildegard (Hilda) juntamente com Elza que depois casou-se com Horst Gulzow, preparavam banquetes para todos os paladares. Muitas foram as festas realizadas com presença de notáveis da sociedade rolandense. Mas o Hotel Estrela também serviu nas dificuldades da população - duas epidemias, sem leitos hospitalares, o hotel cede suas acomodações para tratar os doentes; parturientes também locavam acomodações para ganharem seus bebês mais perto dos médicos. Hilda, através das orientações médicas e da prática constante tornou-se “enfermeira prática” que tinha a mão muito leve ao aplicar injeções... acabou sendo uma das primeiras enfermeiras do Hospital Alemão. Horst desenvolveu sua habilidade mecânica ao trabalhar uma forma mais fácil de tirar água daqueles poços tão fundos- mecanizou de forma manual e posteriormente, elétrica, bombas de puxar água do poço com menor esforço. Foi encanador muito hábil. Sabia fazer de tudo um pouco ou quase sempre, muito.
Esse era o imigrante pioneiro – não tinha medo de fazer e de aprender para fazer. Não tinha medo de inovar e o trabalho duro ajudava a esquecer a pátria saudosa. A leitura era refúgio e anelo, lembrança da terra distante, muitos livros de vários autores alemães vieram na bagagem. A fé em Deus, os cânticos foram o alicerce alegre para crescer com a cidade e fazer inúmeros amigos de todas as nacionalidades - além de hospitaleiros eram receptivos e amáveis.
Sabiam com segurança que viviam um momento histórico por isso registraram tudo em fotografias preservadas e que são testemunho do pioneirismo dessa família, que não tem registro na história oficial e nem se preocupou com isso. Sabiam o que faziam e porque faziam. Seus descendentes, entre eles os netos, meus filhos, se orgulham deles e procuram seguir os exemplos de dignidade, trabalho, honradez, que receberam como herança maior. É um pequeno resgate para exemplificar o verdadeiro amor ao trabalho, à honra, tão desgastados nos dias atuais, e homenagear aqueles que tornaram possível a vida em Rolândia.
Else Luiza Rausch

NOTA DO EDITOR:
parabéns pelo texto. narra fatos desconhecidos pela maior parte da população.
Else Luiza Rausch exerceu a advocacia em Rolândia e hoje mora em Florianópolis-Sc.

terça-feira, 4 de junho de 2019

CANAL FARINA DE ROLÂNDIA YOUTUBE


JOSÉ FARINA PIONEIRO ROLÂNDIA 1940 GLEBA CICLONE

GIUSEPPI FARINA
FILHO DE MARIA PISONI E PIETRO SANTE FARINA.
NASCIDO EM GHISALBA, BÉRGAMO, ITÁLIA, EM 29 SETEMBRO DE 1894.
CHEGOU AO BRASIL EM  SETEMBRO DE 1896, COM  2 ANO DE IDADE.
TRABALHOU NA FAZENDA VISCONDE DE PARNAÍBA, JARDINÓPOLIS, ATÉ 1940.
FOI PIONEIRO DE ROLÂNDIA-PR. (GLEBA CICLONE) ONDE CHEGOU EM 1940.
CASADO COM ADELAIDE MARIA CANTAVIN FARINA.
TEVE 4 FILHOS: ANTONIO, JOSÉ, IRINEU E LAURA.
FALECEU EM ROLÂNDIA, EM 1966.




JOSÉ CARLOS FARINA - NETO


quinta-feira, 2 de maio de 2019

VÍDEO FARINA DÁ ENTREVISTA RODRIGO STUTZ MANCHETE DO POVO

COLÉGIO SOUZA NAVES DE ROLÂNDIA - PR.

UM RAIO DE LUZ SOBRE A HISTÓRIA DE ROLÂNDIA.

A vizinha do Sítio Jatobá, Dona Margareth Poehlmann, me ligou estes dias para dizer que em maio serão 80 anos quando seu marido Klaus, na época com 3 anos, veio com seus pais no mesmo trem junto com meus avós, os Kirchheims. 
Rolândia ainda era uma densa floresta e eles não tinham a mínima ideia de como sobreviver nessa selva. 
Hoje quase nada lembra daquela época de pioneirismo, nem mesmo da Época do Ouro Verde, o café. Rolândia, ex-rainha do café, só parece ser mais uma cidade que vive um presente sem muitas perspectivas ligadas ao passado. 
A juventude está mais antenada num mundo virtual e nas tendências globais. 
A outrora intensa vida cultural de Rolândia foi reflexo dos povos que colonizaram a região. Havia intercâmbio com cientistas, artistas e intelectuais do Brasil e do Mundo. A integração dos povos era a marca registrada. Até hoje muitos ex-alunos que passaram pelo Colégio Souza Naves, lembram dos professores como figuras lendárias. 
A imponente fachada do Colégio guarda as marcas dos tempos áureos, de orgulho, respeito, disciplina e patriotismo. O quarteirão do Colégio Souza Naves está no Centro da cidade e é a testemunha mais representativa de uma época que poderá inspirar gerações mais novas e criar um sentimento de amor pelo lugar onde vivemos. 
A exemplo de centros de educação históricos, como a Georgetown University em Washington D.C., poderia o nosso Colégio Souza Naves também ser um incrível ponto cultural e turístico. Uma causa que poderá juntar a população, o governo, a academia e até ajudas internacionais.
DANIEL STEIDLE

quarta-feira, 17 de abril de 2019

ABANANDO CAFÉ


EXPO LONDRINA 2019 FAZENDINHA, CARROS E TRATORES By FARINA

EXPO LONDRINA 2019 FAZENDINHA HORTA E PEIXES By FARINA

DEPUTADO BOCA ABERTA NA EXPO LONDRINA 2019 By FARINA

MOEDOR DE CAFÉ ( SOU DA ROÇA )

ILMA BARBOSA


CAFÉ NA ROÇA COM COADOR DE PANO E BULE

ILMA BARBOSA


POÇO CAIPIRA COM SARILHO ÁGUA

ILMA GRISOSTE BARBOSA


PAIOL DE MILHO SOU CAIPIRA

ILMA GRISOSTE BARBOSA


sexta-feira, 5 de abril de 2019

JUDEUS EM ROLÂNDIA - PR. NA DÉCADA DE 30

HANDREA MIRANDA DE PAIVA PINCELI

Na estação ferroviária sempre havia alguém esperando por essas famílias, geralmente um funcionário da CTNP, onde este os levaria para conhecer sua nova propriedade. 
Estes judeus só conseguiram chegar devido a transação comercial feita desde a Europa. 
A imigração dos judeus era garantida através de uma troca, em que o capital desses imigrantes era incorporado aos bancos a fim de transformá-los em equipamentos para a construção da estrada de ferro. A CTNP se interessava pelo dinheiro dos judeus e estes almejavam o livramento da morte. Portanto, só 6 conseguiram aproveitar esta oportunidade os judeus ricos, pois os pobres eram levados aos campos de concentração e ali morriam. 
É interessante destacar também que na época todo contrato deveria ser feito com o homem judeu, nunca a mulher, mesmo esta tendo dinheiro. A mulher tinha um importante papel, porém sempre como uma participação oculta. Em muitos casos era ela quem corria atrás de tudo, mas a assinatura, o encerramento da negociação só se concretizaria com a presença masculina. A mulher judia sozinha jamais poderia negociar e embarcar para o Brasil. Para chegarem em sua propriedade, esses judeus iam de charrete, veículo chamado “aranha”, devido as suas rodas altas e finas. E assim, podiam conhecer mais da cidade durante o caminho. Rolândia era na década de 30 do século XX uma grande floresta com terra roxa, muita poeira vermelha, com uma porção de casebres de madeira. 
Havia ruas estreitas, sem pavimentação, onde transitavam charretes, aranhas, homens a cavalo, muitas vezes armados, usando chapéus, botas com esporas. Havia também algumas lojas onde se comprava de tudo um pouco, os “Secos e Molhados”. Eram construções de madeira com a frente em alvenaria. A mais conhecida e frequentada era a “Casa Guilherme” que pertencia a um médico judeu alemão, o Dr. Weber. Na frente da loja havia balaustres de madeira para amarrar os cavalos, o transporte mais usado na época. Stadtplatz (centro da cidade), assim Rolândia era chamada pelos judeus alemães que com o tempo passaram a vender tudo o que produziam, como ovos, manteiga, etc. 
As cargas pesadas, como caixões, que se encontravam a mudança, eram levadas em caminhões de aluguel, onde cada viagem era uma aventura, tendo que passar correntes de água, pontes fracas que muitas vezes encontravam-se destruídas ou pelo fogo ou pela água. 7 
A paisagem verde formada por uma floresta de infinitas árvores como perobas, cedros, caviúnas, marfim, canelas, araucárias e as gigantescas figueiras brancas, mostravam seus habitantes naturais no meio da vegetação rasteira, entre os cipós, os veados, macacos, gatos selvagens, raposas, tamanduás, tatus, porcos do mato, antas, lontras, cobras e até onças pintadas, além de aves como papagaios, anus, corujas, tucanos e galináceas silvestres. 
Assim, ao chegarem em sua nova propriedade, avistavam uma grande mata, no meio uma pequena clareira, com uma casinha.Surgia então um outro problema, entrar na mata e passar por espinhos, formigas, borrachudos, etc. 
Apesar das dificuldades que enfrentaram esses imigrantes estavam felizes, pois estavam vivos.

quinta-feira, 28 de março de 2019

HISTÓRIA PREFEITO JOSÉ PERAZOLO 1988

ÚLTIMO COMÍCIO CAMPANHA DE 1988.
ENTRE VILA OLIVEIRA E JD. NOVO HORIZONTE
MINEIRO CARREGANDO PERAZOLO NOS OMBROS.
MAIS DE 100 QUILOS
PENSA NUM CARA FORTE ( O MINEIRO )
NO FINAL DO COMÍCIO CAIU UMA CHUVA FINA.
E CADÊ DO POVO IR EMBORA?
FICARAM JUNTOS POR MAIS DE UMA HORA.
EU E A SONIA PERAZOLO CHEGAMOS A CANTAR JUNTOS A MÚSICA "ESTÁ CHEGANDO A HORA DE IR..." DO ROBERTO CARLOS...
QUASE ESTRAGAMOS TUDO.. TAMANHA A DESAFINAÇÃO..
O COORDENADOS FALOU: - "PAREM.. SE CONTINUAREM O POVO VAI FUGIR.. SAIR CORRENDO"...
AÍO DEIXAMOS O ABEL CANTAR SOZINHO.
DEPOIS CANTAMOS DE MÃOS DADAS O HINO "PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE FLORES.. CAMINHANDO E CANTANDO..."
MAS TUDO DEU CERTO...
FOI UMA LINDA VITÓRIA.
NESTA EM VENCI TBM COMO VEREADOR.

JOSÉ CARLOS FARINA

FOTO HISTÓRICA DO PREFEITO JOSÉ PERAZOLO ROLÂNDIA