sexta-feira, 29 de julho de 2011

MUSEU DA ESTAÇÃO DE TRENS DE ROLÂNDIA SAI OU NÃO?

ESTÃO FECHANDO PELA SEGUNDA VEZ
(CLIQUE NA FOTO)
Conforme se ve na foto, pela segunda vez estão lacrando as portas e janelas da antiga Estação de Trens de Rolândia onde a população pede seja aberto um  museu. E a remontagem do Hotel Rolandia? Temo que as madeiras se extraviem ou coisa que o valha. Alguém poderia falar a respeito. TEXTO e FOTO de JOSÉ CARLOS FARINA

quinta-feira, 28 de julho de 2011

HISTÓRIA DE ROLÂNDIA - By JOSÉ CARLOS FARINA

ROLÂNDIA - DR. LUIZ LIBERATTI - MÉDICO, POLÍTICO E CRAQUE DO NAC - By FARINA

ROLÂNDIA.   DR. LUIZ LIBERATTI,  MÉDICO, POLÍTICO E CRAQUE DO NAC

 
FOI VEREADOR, CANDIDATO A PREFEITO POR DUAS VEZES, SECRETÁRIO MUNICIPAL DA SAÚDE, JOGADOR DO NACIONAL E FUNDADOR DO HOSPITAL SÃO LUCAS, AO LADO DO DR. OSNI.
SEMPRE PERTENCEU AO GRUPO POLÍTICO DE EURIDES MOURA.
RECEBA A  MINHA HOMENAGEM E ABRAÇO FRATERNO. TEXTO e FOTO By JOSÉ CARLOS FARINA    (JULHO DE 2011).

segunda-feira, 25 de julho de 2011

MOVIMENTO ACORDA ROLÂNDIA - SÁBADO - DIA 30 - UMA NOVA ROLÂNDIA - By FARINA

É AGORA OU NUNCA
 

Será neste próximo sábado, DIA 30.... 9:00 horas para aquecimento... No Calçadão de Rolândia....com as presenças das principais  emissoras de TV....A TV Globo está anciosa para registrar... Os cidadãos honestos e atuantes de Rolândia irão as ruas protestar contra:

1) - TREM QUE ATRAPALHA O TRÂNSITO;
2)- INDÚSTRIA DE CHUMBO
3)- FALTA DE SEGURANÇA
4) - HOSPITAL SÃO RAFAEL
Pedimos a participação de todos. Levem suas faixas e cartazes...
É AGORA OU NUNCA!...
CIDADÃOS HONESTOS: UNAM-SE!
 
JOSÉ CARLOS FARINA

domingo, 24 de julho de 2011

COLUNA DO FARINA - ROLÂNDIA - PR. (JORNAL TRIBUNA) - 23/07/2011

 

CONSERVAÇÃO DAS ESTRADAS NOS ANOS 40 a 70
Até o final da década de 70 a Prefeitura mantinha "os conservas estradas". Era um grupo grande de operários que saiam à pé cada dia por uma estrada rural para (com enxadas e enxadões) abrir e limpar as caixas  armazenadoras de água pluviais. Estas caixas eram (e são) necessárias para evitar que as estradam inundem e impeçam o livre transito de pessoas, carroças e carros. O Sr. Aurelio Viali era um dos feitores destas turmas e o
 grande comandante era o Sr. Alexandre Lanfranchi. O Sr. Alexandre conhecia e conhece todas as estradas do municipio. Tinha na cabeça os nomes de quase todos os proprietários agrícolas. Foi um dos melhores funcionários da prefeitura. Merfece uma homenagem.

ATÉ OS ANOS 80 NÃO HAVIAM POSTOS DE SAÚDEVICENTINOS
Até os anos 80 a prefeitura não mantinha nenhum posto de saude. Havia sómente a APMI que foi idealizada para atender as mães e bebês carentes. Eram tempos dificieis neste setor.O prefeito Amdeu Puccine chegou a iniciar a construção de uma Santa Casa onde hoje funciona a Escola do Trabalho, mas a obra ficou paralisada por décadas, por falta de recursos. Se a pessoa não tinha dinheiro para consultar com médico particular socorria-se de remédios caseiros, farmaceuticos,  benzedeiras e curadores. A maioria dos partos eram feitos por parteiras práticas. A primeira parteira de Rolândia foi uma senhora da família Shurmann. Depois veio a dona Henriqueta Lali. A parte boa é que tínhamos quatro hospitais. Muitos médicos consultavam de graça ou cobravam um preço simbólico. Os mais famosos da época foram os doutores Xenofonte, Cabral e Anatole. Na década de 80, sendo eu vereador fui procurado pelo saudoso Amadeu Puccine que me pediu auxilio para que a Companhia de Terras Norte do Paraná doasse  o terreno onde hoje está a Escola do Trabalho para os VICENTINOS, o que foi feito. Graças a este nosso trabalho os VICENTINOS recebem todo mês importante verba de aluguel daquele espaço que é utilizada para a compra de alimentos para os necessitados. Era esse o desejo de Amadeu Puccine (grande político e cidadão)

JOSÉ CARLOS FARINA - ADVOGADO - ROLÂNDIA

MOVIMENTO ACORDA ROLÂNDIA - VAMOS TODOS

Vamos juntar mais amigos e famílias e fazer da MANIFESTAÇÃO um ato de união e alegria? DANIEL STEIDLE
 
FANTASIA DE CIDADÃO
 
“... a mensagem é mais importante do que o mensageiro!”
 
O cidadão normalmente tem medo de pôr “a cara para bater”.  Vamos ter que achar formas de nos manifestar, sem nos expor!
 
Fantasia? Sim, uma fantasia! Uma fantasia, onde a mensagem é mais importante que o mensageiro.

No dia 30 de julho, às 09h30min vamos, com amigos e em família, desfilar no Calçadão de Rolândia. Mostraremos nossa fantasia carregando cartazes e por cima da cabeça  uma caixa ou rolo de papelão pintado.
 
Chumbo, trem, hospital e violência seriam temas atuais em Rolândia para questionamentos, mas o essencial é dar o recado que é possível se manifestar sem medo.
 
Com a “fantasia de cidadão” podemos, independente de procedência, cor, religião, formação ou partido, encontrar um caminho que nos permite participar pacífica e ativamente do destino de nossa comunidade. DANIEL STEIDLE

ROLÂNDIA - ABAIXO A DITADURA

Na próxima reunião do Movimento ACORDA ROLÂNDIA  vou levar o meu violão e quero cantá-la com todos os companheiros da resistência....


VAMOS RESISTIR ROLÂNDIA 




domingo, 17 de julho de 2011

FOTO ANTIGA DA CÂMARA DE VEREADORES DE ROLÂNDIA

UMA CÂMARA ATUANTE

 Na legislatura de 1982 a 1988 eu era o vereador mais jovem. Na foto estou discursando na diplomaçao dos eleitos. Da esquerda para a direita vemos o Juiz Bompeixe, Eurides, Odir, Farina, Locatelli e Leonardo. JOSÉ CARLOS FARINA - ROLÂNDIA - PR.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O CABELEREIRO BARBEIRO MAIS ANTIGO DE ROLÂNDIA - By FARINA

SEU ZEZINHO
O CABELEREIRO BARBEIRO MAIS ANTIGO DE ROLÂNDIA - By FARINA
VEJAM TBM O VÍDEO NO YOUTUBE - By FARINA
 (CLIQUE NAS FOTOS PARA AUMENTÁ-LAS)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

MOVIMENTO POPULAR " ACORDA ROLÂNDIA " - DIA 11/07 FICOU NA HISTÓRIA

MOVIMENTO POPULAR " ACORDA ROLÂNDIA "

(CLIQUE NA FOTO PARA AUMENTÁ-LA-FOTO By ANDRÉ NOGAROTO)
Pela primeira vez na história de Rolândia a Internet faz a diferença e convoca a população para lutar contra a inércia e os desmandos de uma administração. as comunidades "Eu Amo Rolandia", Rolândia Politika" e os Blogs do Farina, do Homero e do Nogaroto foram os veículos da convocação e onde os debates continuam. Dia 11 de julho foi um dia histórico. Ninguém duvida que daqui para a frente nenhum prefeito conseguirá mais governar sem dar a devida atenção para os internautas. Rolândia dá o exemplo para o Paraná e para o mundo. Internautas unidos jamais serão vencidos. JOSÉ CARLOS FARINA fotos By  ANDRÉ NOGAROTO

segunda-feira, 11 de julho de 2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011

PAULO AUGUSTO FARINA VEREADOR DE ROLÂNDIA - PR

Em 2003, como representante das oposições no Legislativo, participei do Encontro Nacional de Vereadores, em Brasília-DF. 

NO CEARÁ AÇÃO POPULAR PRESERVA PATRIMÔNIO HISTÓRICO

AQUI EM ROLÂNDIA QUASE PERDEMOS O HOTEL

Fórum Popular pela Preservação do Patrimônio Histórico e Ambiental de Senador Pompeu
Membros que defendem a criação de um parque ao mesmo tempo ecológico e histórico no local
 AÇÃO POPULAR JULGADA PROCEDENTE – MATÉRIA EM DOIS GRANDES JORNAIS - JUSTIÇA FEDERAL CONDENA O MUNICÍPIO DE SENADOR POMPEU A PROMOVER E PROTEGER O PATRIMÔNIO HISTÓRICO ONDE EXISTIU UM CAMPO DE CONCENTRAÇÃO NA SECA DE 32! VITÓRIA DA MEMÓRIA E DA CIDADANIA
 
A sentença na ação popular por si mesma é uma vitória, mas simboliza muito e para todo o Estado do Ceará e o Brasil. Pois é uma vitória da cidadania. Resta claro que preservar o patrimônio histórico é um dever de qualquer cidadão, que pode agir via ação popular, desde que saiba se organizar em grupo, para coibir abusos do Poder público, sejam abusos por omissão, seja por ações ilegais, imorais e lesivas. 

A VITÓRIA NA AÇÃO POPULAR É UMA EXPERIÊNCIA QUE PODE SERVIR DE PARADIGMA, CHAMANDO ATENÇÃO PARA A IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO MATERIAL E IMATERIAL, NÃO SÓ PARA OS DEMAIS MUNICÍPIOS DO CEARÁ, COMO PARA TODO O BRASIL. SOBRETUDO DEMONSTRANDO O PODER QUE TEM A MOBILIZAÇÃO DAS PESSOAS E A AÇÃO POPULAR COMO FERRAMENTA DE LUTA PELA CIDADANIA PARA CORRIGIR AÇÕES ABUSIVAS OU OMISSÃO IMORAIS DO PODER PÚBLICO.

Pelos fundamentos expedidos, julgo procedente em parte a pretensão dos autores populares para declarar a ilegalidade da conduta omissa do Executivo Municipal e condenar o Réu (Município de Senador Pompeu/Secretaria de Educação, Cultura e Desporto do Município de Senador Pompeu) a adotar medidas de proteção, promoção e preservação do patrimônio histórico-cultural da "Barragem do Patu", por meio de inventários, registro, vigilância, tombamento, além de outras formas de acautelamento e preservação, devendo, ainda, com tal intento, realizar campanha de conscientização em escolas e rádios, dentre outras destinadas à proteção e manutenção do acervo histórico e cultura do município. Fixo o prazo de 60 (sessenta) dias, a contar do trânsito em julgado desta decisão, para que o réu cumpra a sentença, dando início às medidas de proteção e preservação do acervo cultural da Barragem do Patu, sob pena de pagar multa diária. Nos termo do Art. 12 da LAP, condeno o réu (Município de Senador Pompeu), ainda, a suportar o pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, arbitrados em R$ 3.000,00 (três mil reais). Publique-se. Registre-se. Intimem-se as partes e o MPF.

A ação popular é um tipo de ação que permite qualquer cidadão e cidadã controlar a Administração Pública, que foi eleita para fazer o bem, para atingir os objetivos da República. É uma garantia fundamental, prevista no artigo 5º, inciso LXXIII, da Constituição Federal, podendo ser ajuizada mesmo que uma atitude de um governante seja legal, mas sendo imoral e lesiva, ela pode ser manipulada. O problema é a demora da Justiça. A ação popular foi sentenciada após mais de 13 anos de trâmite, 11 dos quais só na Justiça Federal. Ficando claro que a Constituição é boa, antenada com o presente e com o futuro, mas a Justiça anda a passo de tartaruga. O direito é mais avançado que a estrutura do Poder Judiciário, que está um Século atrás.  NÃO PODERIA DEMORAR TANTO TEMPO, ENQUANTO OS CASARÕES DESMORONAM!

sábado, 2 de julho de 2011

EM SÃO JOSÉ DOS PINHAIS-PR. PROMOTOR PRESERVA PRÉDIO ANTIGO

EM ROLÂNDIA NÃO TIVE APOIO


O Ministério Público (MP) do Paraná entrou com uma ação civil pública, na última quinta-feira (30), por danos ao patrimônio histórico e cultural contra a prefeitura de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O motivo foi a demolição de um prédio de 135 anos, em 14 maio deste ano. O MP quer que o prédio seja reconstruído e que a prefeitura pague indenização em benefício do Fundo Estadual do Meio Ambiente. O Casarão dos Passos Oliveira chegou a ser sede da prefeitura local. O imóvel foi construído no século 19 e era a única edificação da cidade que ainda tinha uma fachada com a arquitetura neoclássica italiana. No local, a prefeitura pretende construir o Paço Municipal para abrigar secretarias e órgãos municipais que atualmente estão acomodados em locais alugados. O município, que é dono do imóvel desde a década de 80, alega que obedeceu todas as normas legais e administrativas antes da demolição. Histórico. Em agosto de 2010, o jornalista Antônio Bobrowec, morador de São José dos Pinhais, deu entrada em um pedido de tombamento do prédio. Segundo ele, no dia 17 de agosto, após o pedido de tombamento, uma equipe da prefeitura esteve no local e emitiu um relatório informando que o imóvel estava em bom estado de conservação. Em maio deste ano, na época da demolição, a prefeitura emitiu nota oficial desmentindo esse relatório. De acordo com a prefeitura, o processo de tombamento foi indeferido pela Divisão de Patrimônio Histórico e Artístico da Secretaria Municipal de Cultura em 24 de março e a parte requerente não recorreu da decisão junto ao órgão competente, o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, em tempo hábil.  O MP informou que obteve liminar na 1.ª Vara Cível de São José dos Pinhais que determinava o pré-tombamento do prédio e proibia a demolição. Mas a prefeitura conseguiu suspender a liminar no Tribunal de Justiça em 9 de março de 2011 e demoliu o prédio em 14 de maio. Segundo o secretário de Comunicação, Luiz Carlos da Rocha, a demolição foi feita porque o município entendeu que o casarão não tinha valor histórico. Comparando fotografias da casa (antigas e atuais) foi constatado que a versão original não existia mais, porque havia sido objeto de inúmeras reformas, que o descaracterizaram. De acordo com a prefeitura, o restauro custaria R$ 1,36 milhão.  Fonte:  Gazeta do Povo de Curitiba

EM ROLÂNDIA NINGUÉM ME DEU APOIO

Aqui em Rolândia lutei sozinho para preservar o Hotel Rolândia. Se não fosse a minha ação popular as madeiras do hotel já tinham virado lenha.  Nem o pessoal metido a "entendido" em História e turismo me ajudou.  Não ergueram nem um dedo sequer.  E depois ainda dizem que Rolândia é terra de gente culta... O prefeito foi criado na Suissa e se não fosse a minha ação popular ele tinha deixado o hotel virar lenha sem dó e nem piedade.  Um  Juiz da comarca chegou a falar para mim que o hotel era um monte de madeira velha e que era melhor lembrar dele apenas pelas fotos. Mas mesmo assim digo que amo Rolândia e nem que for sozinho luto por ela. MISERICÓRDIA!.... JOSÉ CARLOS FARINA
Obs.: Em um segundo momento, após o ajuizamento da ação foi que obtive apoio de Sabine Geisen, Antenor Ribeiro da Rede  Record, Gustavo Parra da Rede Globo, do Jornal de Londrina, da Folha de Londrina, da Tribuna do Vale, Do Blog História com Café, Paçoca com Cebola, Rodrigo Stutz, Marena de Apucarana e Audrey Miranda Paiva.

FOTOS ANTIGAS DE ROLÂNDIA

Prezado José Carlos Farina:
(CLIQUE NAS FOTOS PARA AUMENTÁ-LAS)
Aqui vão as fotos prometidas. Elas foram tiradas numa festa de aniversário, provavelmente em 1955, e mostram o gramado e a varanda da casa. Até onde pude verificar, a casa ficava na atual rua César Albertoni, 204. Era uma casa de madeira escura e dava de fundos para a residência dos Lehman. Na frente tinha um gramado com cinco árvores, cinamonos (?), a entrada do carro era na lateral da casa. Nas fotos aparecem várias crianças (eu sou uma delas) com minha mãe e tias. Há também alguns convidados não identificados.

Um abraço.

Marcos Bonin Villela

Rio de Janeiro - Rj





 























FOTO DANIEL STEIDLE

































sexta-feira, 1 de julho de 2011

HOTEL ROLÂNDIA - RELATO DE EUGENIO VICTOR LARIONOFF - 1º PROPRIETÁRIO E CONSTRUTOR DO HOTEL

HISTÓRIA DO HOTEL ROLÂNDIA

 Em 18 de junho de 1934, a Companhia de Terra Norte do Paraná efetuou a venda do  primeiro lote urbano ao Sr. Elmar Kirschnich. Antes disso, porém, já havia vendido lotes rurais a imigrantes japoneses, ainda em 1932. No dia 29 de junho do mesmo ano (1934), teve início a primeira construção do perímetro urbano: o Hotel Rolândia. De propriedade do russo Eugênio Victor Larionoff, funcionário do escritório da Companhia de Terras, em Londrina, foi a primeira de inúmeras construções que se sucederam. O que era para ser apenas um patrimônio, em pouco tempo tornou-se uma vila próspera. Larionoff conta que a idéia de construir um hotel veio de repente, surgiu em sua mente em um momento tão exótico quanto tinha sido sua vida: Assim relatou: "Foi num cemitério. Este porém, pertencia à então humilde povoação de Londrina, durante o enterro de uma senhora ligada à Cia de Terras Norte do Paraná, em abril de 1934. Neste dia, o tempo esteve tão esplêndido, com um céu tão límpido e azul, o ar tão puro e tanta luz solar cintilante e faiscando pelo mundo verde em que vivia, que não consegui concentrar-me na cerimônia fúnebre. A imagem resplandecente e alegre da natureza inundava minha alma toda. De súbito, lembrei-me da informação recebida há poucos dias que logo seria aberta uma clareira, distante uns 21 quilômetros de Londrina, na qual seria fundada pela Cia a sua terceira cidade (Rolândia). Irei construir ali algo notável para aquela época, disse a mim mesmo: um hotel, o Hotel Rolândia." Decidido, na manhã seguinte Larionoff foi falar  com o diretor da colonizadora, Mr. Arthur Thomas, que apoiou de pronto o projeto e abriu uma exceção por reconhecer a grande utilidade de um hotel, que ofereceria hospedagem aos compradores das terras. Seria um grande conforto no meio daquela floresta virgem que permanecia intacta até aquela ocasião. Com recursos próprios, Larionoff adquiriu, dia 20 de junho de 1934, três datas de terras para as futuras instalações do hotel. Logo a planta do hotel estava pronta. A fachada e a disposição interna foram idealizadas por mim, - relata Larionoff - ao passo que a preparação técnica coube ao nosso engenheiro Dr. Ernesto Rosenberger, filho do proprietário do Hotel Luxemburgo, de Londrina, bem como foi assinado o contrato de empreitada com os dois carpinteiros alemães. E assim, no dia 29 de junho de 1934 foi começada a primeira edificação na futura cidade de Rolândia: o meu hotel (lembra o pioneiro). Continuando o seu relato Larionoff recorda: "Às vezes dava um passeio pela área da futura cidade de Rolândia, que não passava de alguns alqueires. A mata silenciosa era como uma cortina verde que cercava toda a área destinada para a cidade. Nesses meus passeios o mundo exterior parecia muito longe e eu sentia-me inteiramente afastado dele. Para me compensar dessa solidão tinha “amigos” que muito admirava, pois nunca os vira antes nem durante a construção da estrada de ferro de Cambará até Jataí enem em Londrina no seu primórdio. Eram os tucanos. Eles me fascinavam. Trabalhava arduamente dia e noite. “Volta e meia ia pela manhã a Rolândia, por ser este o período do dia em que os compradores das terras, acompanhados por agentes, embrenhavam-se na mata a fim de escolher seus lotes.”  À noite, voltava a Londrina para fechar a compra. E sua presença (Larionoff)  era imprescindível, pois era responsável por lavrar as escrituras de compromisso, emitir recibos e receber o dinheiro da primeira parcela. Por falta de um banco na localidade, guardava o dinheiro num cofre e depois o enviava, por trem, para Ourinhos (SP). No final de setembro, a construção do Hotel Rolândia estava terminada. Já haviam começado outras construções na localidade. Dia 1º de outubro de 1934 deu-se a inauguração oficial do hotel, comemorada com um almoço, porém ele só começou a funcionar em novembro. Estiveram presentes à inauguração Mr. Arthur Thomas e Willie Davis (futuro prefeito de Londrina), com suas esposas, além de importantes funcionários da CTNP, como George Craig Smith, Luiz Estrella (arrendatário do Hotel) , Dino Schneider, Carlos de Almeida e Amador B. Merlo e os dois construtores alemães. Larionoff se recorda bem: "Neste  dia tão memorável para mim, hasteei à direita a bandeira brasileira que para mim significava o carinhoso acolhimento que recebi em minha nova pátria, e à esquerda a bandeira tricolor do Império Russo – a bandeira dos Czares confeccionada para mim por uma mulher russa, de Londrina. A previsão constantemente repetida pelos carpinteiros alemães que o hotel tão bem construído por eles duraria cinqüenta anos cumpriu-se inteiramente. Em 1987 Larionoff voltou a Rolândia onde recebeu o Título de Cidadão Honorário, projeto de minha autoria em companhia de Nikolaus Schauff. Em 29 de junho de 1988 Larionoff participou do palanque do primeiro desfile do aniversário de Rolândia com a nova data. JOSÉ CARLOS FARINA - EX-VEREADOR DE ROLÂNDIA

Fonte de pesquisa: Museu municipal de Rolândia, acervo próprio e  Fotografia e memória: 75 anos da história do Hotel Rolândia contada em imagens de Paulo César Boni e Cássia Maria Popolin.