quarta-feira, 17 de abril de 2019

ABANANDO CAFÉ


EXPO LONDRINA 2019 FAZENDINHA, CARROS E TRATORES By FARINA

EXPO LONDRINA 2019 FAZENDINHA HORTA E PEIXES By FARINA

DEPUTADO BOCA ABERTA NA EXPO LONDRINA 2019 By FARINA

MOEDOR DE CAFÉ ( SOU DA ROÇA )

ILMA BARBOSA


CAFÉ NA ROÇA COM COADOR DE PANO E BULE

ILMA BARBOSA


POÇO CAIPIRA COM SARILHO ÁGUA

ILMA GRISOSTE BARBOSA


PAIOL DE MILHO SOU CAIPIRA

ILMA GRISOSTE BARBOSA


sexta-feira, 5 de abril de 2019

JUDEUS EM ROLÂNDIA - PR. NA DÉCADA DE 30

HANDREA MIRANDA DE PAIVA PINCELI

Na estação ferroviária sempre havia alguém esperando por essas famílias, geralmente um funcionário da CTNP, onde este os levaria para conhecer sua nova propriedade. 
Estes judeus só conseguiram chegar devido a transação comercial feita desde a Europa. 
A imigração dos judeus era garantida através de uma troca, em que o capital desses imigrantes era incorporado aos bancos a fim de transformá-los em equipamentos para a construção da estrada de ferro. A CTNP se interessava pelo dinheiro dos judeus e estes almejavam o livramento da morte. Portanto, só 6 conseguiram aproveitar esta oportunidade os judeus ricos, pois os pobres eram levados aos campos de concentração e ali morriam. 
É interessante destacar também que na época todo contrato deveria ser feito com o homem judeu, nunca a mulher, mesmo esta tendo dinheiro. A mulher tinha um importante papel, porém sempre como uma participação oculta. Em muitos casos era ela quem corria atrás de tudo, mas a assinatura, o encerramento da negociação só se concretizaria com a presença masculina. A mulher judia sozinha jamais poderia negociar e embarcar para o Brasil. Para chegarem em sua propriedade, esses judeus iam de charrete, veículo chamado “aranha”, devido as suas rodas altas e finas. E assim, podiam conhecer mais da cidade durante o caminho. Rolândia era na década de 30 do século XX uma grande floresta com terra roxa, muita poeira vermelha, com uma porção de casebres de madeira. 
Havia ruas estreitas, sem pavimentação, onde transitavam charretes, aranhas, homens a cavalo, muitas vezes armados, usando chapéus, botas com esporas. Havia também algumas lojas onde se comprava de tudo um pouco, os “Secos e Molhados”. Eram construções de madeira com a frente em alvenaria. A mais conhecida e frequentada era a “Casa Guilherme” que pertencia a um médico judeu alemão, o Dr. Weber. Na frente da loja havia balaustres de madeira para amarrar os cavalos, o transporte mais usado na época. Stadtplatz (centro da cidade), assim Rolândia era chamada pelos judeus alemães que com o tempo passaram a vender tudo o que produziam, como ovos, manteiga, etc. 
As cargas pesadas, como caixões, que se encontravam a mudança, eram levadas em caminhões de aluguel, onde cada viagem era uma aventura, tendo que passar correntes de água, pontes fracas que muitas vezes encontravam-se destruídas ou pelo fogo ou pela água. 7 
A paisagem verde formada por uma floresta de infinitas árvores como perobas, cedros, caviúnas, marfim, canelas, araucárias e as gigantescas figueiras brancas, mostravam seus habitantes naturais no meio da vegetação rasteira, entre os cipós, os veados, macacos, gatos selvagens, raposas, tamanduás, tatus, porcos do mato, antas, lontras, cobras e até onças pintadas, além de aves como papagaios, anus, corujas, tucanos e galináceas silvestres. 
Assim, ao chegarem em sua nova propriedade, avistavam uma grande mata, no meio uma pequena clareira, com uma casinha.Surgia então um outro problema, entrar na mata e passar por espinhos, formigas, borrachudos, etc. 
Apesar das dificuldades que enfrentaram esses imigrantes estavam felizes, pois estavam vivos.