foto: theo marques

A história de Rolândia é marcada pela Segunda Guerra Mundial. Sua população foi constituída, na década de 30, principalmente por imigrantes alemães em fuga da repressão nazista que emergia na Alemanha.


Até mesmo o nome da cidade teve que ser trocado durante a guerra – ao invés de Rolândia, uma referência a Roland, legendário herói alemão que na Idade Média guerreava ao lado de Carlos Magno, a cidade passou a se chamar Caviúna, nome utilizado até dois anos depois do fim do conflito.

Mas os alemães não foram os únicos imigrantes atraídos pela política de colonização da Companhia de Terras do Norte do Paraná, que trouxe à cidade italianos, portugueses, espanhóis, sírio-libaneses, húngaros, suíços, poloneses, tchecos, austríacos e um grande número de japoneses.

Os japoneses começaram a deixar seu país na era Meiji, que sucedeu o governo dos samurais. Neste período o governo recrutou trabalhadores rurais para ingressarem nas indústrias, mas nem todos os que deixaram o campo conseguiram emprego. Multidões de desempregados que não podiam mais voltar para o campo decidiram tentar a vida em terras distantes.

autor desconhecido - década de 30


No Brasil o que não faltavam eram terras férteis esperando para serem cultivadas e cafezais necessitados de mão de obra. Depois que a entrada dos japoneses começou a ser controlada na América do Norte, nosso país entrou definitivamente na rota dos imigrantes japoneses.

No livro de registros da Companhia de Terras do Norte do Paraná, constam, na página 1, os nomes dos primeiros compradores de lotes em Rolândia, seis japoneses provenientes do interior de São Paulo. Estas e outras histórias são contadas através de fotos, painéis e objetos expostos no Museu Histórico da Imigração e Colonização Japonesa no Paraná.



São peças como o Yoroi (armadura) e o kabuto (capacete) de samurai originais. Ou a réplica de um Mikoshi, veículo utilizado em festividades religiosas para transportar os deuses que moram no céu e no mar, mas que comparecem nas datas marcadas para participar das festividades.

O museu funciona na sede da Aliança Cultural Brasil-Japão do Paraná, em Rolândia. As demais etnias que colonizaram a cidade são lembradas em outro local, no Museu Municipal de Rolândia, que funciona em frente à Igreja Matriz.