domingo, 29 de março de 2015
HOMENAGEM PÓSTUMA A AMACEU PUCCINI ( EX-PREFEITO DE ROLÂNDIA )
HONENAGEM PÓSTUMA A AMADEU PUCCINI ( EX-PREFEITO DE ROLÂNDIA)
AMADEU PUCCINI (UM POLÍTICO HONESTO E ALTRUISTA)
É
quase impossível falar de um homem como Amadeu Puccini nos dias de hoje, sem
que haja algumas dúvidas e desconfianças sobre a veracidade da história. Para
início de conversa, não existe nenhum parâmetro a ser traçado,bem como nenhum
ponto de referência a ser comparado. Dedicou
grande parte de sua vida, a praticar atos beneméritos e humanitários em prol do
bem- estar do povo de sua comunidade. Sempre
pronto a ajudar os menos favorecidos e todos que o procuravam. Amadeu
Puccini era daqueles homens que sempre buscou o “SER”. Talvez não tivesse tido
tempo suficiente em sua vida em se importar com o “TER”. Para
ele, o próximo era mais importante, acima de qualquer coisa.Pertencia
a Sociedade São Vicente de Paulo, da qual era presidente. Talvez tenha vindo
daí a explicação dessa sua vocação, comportamento e procedimento.
Em
eventos importantes, como no dia dedicado e consagrado aos mortos ,
Amadeu
Puccini, se plantava no portão principal do Cemitério com um embornal
em mãos, angariando fundos para os Vicentinos, o dia todo, isso também
em seus tempos de
Prefeito. Sempre
envolvido com o povo e consequentemente em política, que acredito tenha sido
uma de suas grandes paixões. Todavia,
a política praticada por Amadeu Puccini era diferenciada e muito, das políticas
praticadas hoje. Acreditava
na grande verdade de sempre que atualmente é sufocada e mascarada: “O povo é o
senhor da razão”.” O poder emana do povo”. “Do povo doutrinado, não do povo
manipulado”. São
frases que muitos políticos não gostam de ouvir, sem duvidar todavia que a
força do povo e muito poderosa. Como
homem público, Amadeu Puccini teve como seu grande patrão, o povo. Era devoto do cooperativismo, colaboracionismo,
parceria, o único e grande sistema, desde os antigos tempos da sobrevivência
humana. Esse sistema era infalível. Não girava dinheiro.
Girava favores, permutas, trocas. Tudo
aquilo que conseguia por intermédio da política, era dirigido para o povo, seu
grande parceiro. Seu
Amadeu Puccini foi o grande homem público de Rolândia na época, foi
pelos
anseios do povo. Ele não pagou por isso. Tudo era uma retribuição. O
povo retribuía. A eterna consideração honesta e silenciosa desse povo. Foi
um dos vereadores mais votado na primeira eleição para prefeito de Rolândia,
que elegeu Adalberto Junqueira e Silva, pelo voto popular. Desde
essa época, Amadeu Puccini já esteva lá. O primeiro entre os primeiros. Começava
a despontar o grande homem público. Á
partir desse acontecimento sua existência de discreto, honesto, probo e humanitário se firmou de maneira tão concreta que o levou à Prefeitura em 1959. Sua
administração foi singela até certo ponto, firmando seu propósito para o lado
social, seu ponto forte. Suas
obras de maiores vultos, foram a construção da Caixa D’Água na Rua Estilac Leal
e o início das obras do prédio da prefeitura. A Sta. Terezinha, adquiriu terrenos para construção da Santa Casa,
mais tarde transferido para a Sociedade São Vicente de Paulo e doações de
terrenos que antes eram destinados à construção de praças, reservado pela
C.T.N.P. (Companhia de Terras Norte do Paraná) e doação de um terreno para a
construção da Escola Normal na Salgado Filho e Colégio Santo Antônio. Como
toda cidade pequena havia comentário sobre o prefeito, sobre tudo e sobre
todos. Rolândia, não era uma exceção. Como
toda cidade pequena havia comentário sobre o prefeito, sobre tudo e sobre
todos. Rolândia, não era uma exceção. Até
aonde
vai a veracidade do caso, não tenho conhecimento, mas esse foi muito
comentado na época. Na construção da caixa d’água, Izidro Rodrigues
(Alcides Carpinteiro) um profissional que havia construído meia
Rolândia, ficou um pouco
“queimado” por não ter pego o serviço de madeiramento do andaime da
construção.
Logo depois da caixa já pronta, alertou o prefeito de quem era muito
amigo e
correligionário, sobre o prumo da caixa. Estava um pouco fora. Obteve a
seguinte resposta: “A caixa foi projetada por engenheiros do Estado.
Deixa de
ser besta”. Alcides, como todo bom espanhol, comentou o fato com seus
amigos da
área, que foram logo tirar a prova. Após algum tempo, o laudo ficou
pronto e
Alcides foi levar para o Prefeito. Ela estava realmente quase quarenta
centímetros fora do prumo. Amadeu Puccini, pediu-lhe sigilo absoluto
sobre o
fato. E o fato caiu no ostracismo. A
comissão de Formandos do Ginásio de 1,961 fizeram-lhe uma visita para o convite
e ao mesmo tempo solicitar alguma ajuda de custo para a formatura que era de 81
alunos e muitos deles eram desprovidos de recursos até para o traje. Ele
nos acenou com uma negativa, alegando que a prefeitura não dispunha de recursos
para tal finalidade, que tinha pagamento de funcionários, professores e
recursos para educação e saúde, comprovando com umas pastas de papeis e ele não
desviava verbas. Todavia tirou do
bolso duas notas de cem cruzeiros, pedindo mil e uma desculpas
por não poder ajudar mais. Na
saída, alguém da comissão, sugeriu que fosse feita uma “vaquinha” para comprar
um presente para ele, no dia da formatura, o que foi feito. Foi adquirido um
cartão de prata escrito pelo professor Demétrio, agradecendo pela colaboração. Um detalhe importante. No verso do cartão constava o nome dos Formandos, bem como o nome de todos os professores. As
palavras do discurso que Amadeu Puccini faria durante a cerimônia, escritas à
próprio punho em quatro folhas de papel almaço com pautas, foram proferidas por
uma de suas filhas. Ele não conseguiu apesar de tentar duas vezes. Era muito
emotivo. Durante seu mandato, pelo menos duas vezes por
mês saia com Adalberto Junqueira e Silva, seu amigo, mineiro como ele e ex-prefeito,
proprietário da Farmácia Rolândia que ficava onde é o Bradesco hoje, na eterna
busca do bem estar do povo. Na
farmácia, Adalberto Junqueira mantinha uma outra paralela, em menores
proporções, com um estoque de medicamentos em Amostras Grátis e Bonificados
especialmente para esse fim. Utilizava
o
Jeep de Adalberto para não utilizar os veículos da prefeitura,
dividiam as
despesas e partiam para a peregrinação. Sempre aos sábados de manhã com
retorno
no domingo pela tarde, ou noite, se o tempo assim o permitisse pois
quando chovia, era um Deus nos acuda. As estradas eram boas quando no
tempo seco. O que atrapalhava
um pouco era o barro de terra vermelha. As
comunidades visitadas eram: Cafezal, Caramuru, São Martinho, Km. 5, Km 10, Km 15,
Caiuby, Água do Jaú, Ribeirão Vermelho, Deizinho, Pitangueiras (Santo Antônio), Jaborandi,
São Rafael, Bandeirantes, Floresta, Córrego do Ema, Bartira, Escolas Rurais, Colônias de
Fazendas, Colônias de Serrarias e levavam sempre um funcionário da farmácia
para o caso de alguma injeção, aplicação de soro venoso e curativos. Em
alguma localidade a visita era rápida, uma vez que sempre tinha alguém que era
responsável pela comunidade.Amadeu
Puccini não praticou esses atos sozinho. Tinha sempre alguém para lhe ajudar. Era nessa força
que ele acreditava. Amadeu
Puccini um homem simples, de alma pura, bem acima e muito além de seu tempo.
Urbano
Rodrigues. março de 2015.
(Escritor,
farmacêutico, filho do pioneiro Alcides Rodrigues, um dos primeiros
carpinteiros de Rolândia. Irmão do Mauro Rodrigues e do "Boca do NAC.
Trabalhou com Adalberto Junqueira, 1º prefeito).
COMENTÁRIO
Caro Urbano:
COMENTÁRIO
Caro Urbano:
Fui amigo do saudoso Amadeu Puccini quando o mesmo já tinha encerrado a sua carreira política, mas posso endossar tudo o que você escreveu. Sim... ele era um político de alma pura... pessoa simples... honesto... altruísta. Rolândia teve poucos políticos que seguiram os seus passos. Um pena... penso que a política somente deveria ser seguida por pessoas com esta índole. Vou relatar também alguns fatos de minha convivência com ele. Na década de 80 ele me procurou e pediu-me auxilio na função que eu exercia na época (vereador e advogado) para "retomar" a administração da Santa Casa de Misericórdia de Rolândia (prédio do antigo Posto de Saúde Central, construido por ele). Conseguimos dissuadir o antigo provedor, Sr. Mauro Zulian, para que passasse a direção da entidade para os Vicentinos. Na época o sapateiro Sr. Hermínio Zanirato assumiu o cargo. Logo após, fomos até a Companhia Melhoramentos Norte do Paraná e conseguimos também a transferência da escritura pública de doação do terreno para a Sociedade São Vicente de Paula. O desejo e a promessa do Sr. Amadeu para obter esta transferência de direitos foi a construção naquele local de uma creche ou asilo. Um sonho dele... Por mais de 30 anos os Vicentinos receberam aluguéis da prefeitura graças a este nosso trabalho, que pouca gente sabe. Este dinheiro foi usado, é claro, para comprar comida e roupas para os pobres de Rolândia, por todo este tempo. Agora recentemente os Vicentinos resolverem vender este terreno para uma grande construtora. No local vamos ter um grande "espigão". Tenho certeza que atendendo o sonho antigo do saudoso Amadeu, o dinheiro arrecadado vai ser utilizado para
uma obra social com alcance para a população pobre e carente, para quem
Amadeu sempre trabalhou e se preocupou... talvez uma creche ou um
asilo será agora construido...
Uma outra passagem que tive com ele foi a seguinte: Ainda nos anos 80 ou 90, o procurei e lhe ofereci uma homenagem na Câmara Municipal, do tipo, cidadão honorário. Ele respondeu-me: "Farina, agradeço muito a sua amizade e reconhecimento ao meu trabalho em favor do povo de Rolândia, mas homenagem eu não preciso mais. Já fui vereador e prefeito. Meu nome já está na história. Se você puder, gostaria de receber em doação ou mesmo comprado, um terreno, ali bem na entrada do cemitério, para que que eu possa descansar eternamente um dia". Assim, falei com Eurides Moura, e com autorização da Câmara o terreno foi doado. Ele descansa em paz no terreno que escolheu em vida...
Um certo dia ele me visitou em meu escritório para um "bate-papo". Dentre muitas histórias que ele me contou, lembro-me de uma uma que tinha um tom de humor. Ele pertencia ao velho PTB, que era um partida na época considerado de "esquerda". A favor de reformas sociais... Na década de 40, o governador nomeou um delegado para Rolândia do PSD, que era de "direita" e é claro contra o PTB. Era um capitão ou coronel... muito bravo... Logo depois de sua chegada, este delegado convidou os correligionários do PTB para um churrasco em uma chácara para os lados da gleba São Rafael. Foram todos em cima da carroceira de uma caminhonete. Chegando perto do local do churrasco o Sr. Amadeu viu alguns soldados agredindo umas pessoas.. eles queriam obrigar "a força" os Petebistas assinassem a filiação do PSB. Amadeu que na época ainda era jovem pulou da carroceria do caminhão ainda em movimento e fugiu à pé. Ele nunca abandonou o seu velho PTB.
Na eleição de 1988 ele apoiou a chapa de José Perazolo, que era seu amigo. Perazolo, como eu, sempre enaltecia o trabalho de Amadeu e sempre dizia onde podia que ele era a sua referência maior na política. Naquele ano tive o prazer e a honra de levá-lo ao meu lado, no meu velho jipe 1951, sem capota, na carreata da vitória de Perazolo e João Dario. O João Dario tem a foto e ficou de me arrumar uma cópia. Ficaria muito feliz em publicá-la. Por favor João Dario, procure a foto aí para nós!...Tem malandro por ai que não merecia nem limpas as botinas dele..... um prefeito que economizava ate com hotel.... quando viajava para Curitiba se hospedava em hotel de 2ª categoria para economizar e aplicar somente em obras em favor do povo. JOSÉ CARLOS FARINA
PRINCIPAIS OBRAS:
VÍDEO CLIQUE
Uma outra passagem que tive com ele foi a seguinte: Ainda nos anos 80 ou 90, o procurei e lhe ofereci uma homenagem na Câmara Municipal, do tipo, cidadão honorário. Ele respondeu-me: "Farina, agradeço muito a sua amizade e reconhecimento ao meu trabalho em favor do povo de Rolândia, mas homenagem eu não preciso mais. Já fui vereador e prefeito. Meu nome já está na história. Se você puder, gostaria de receber em doação ou mesmo comprado, um terreno, ali bem na entrada do cemitério, para que que eu possa descansar eternamente um dia". Assim, falei com Eurides Moura, e com autorização da Câmara o terreno foi doado. Ele descansa em paz no terreno que escolheu em vida...
Um certo dia ele me visitou em meu escritório para um "bate-papo". Dentre muitas histórias que ele me contou, lembro-me de uma uma que tinha um tom de humor. Ele pertencia ao velho PTB, que era um partida na época considerado de "esquerda". A favor de reformas sociais... Na década de 40, o governador nomeou um delegado para Rolândia do PSD, que era de "direita" e é claro contra o PTB. Era um capitão ou coronel... muito bravo... Logo depois de sua chegada, este delegado convidou os correligionários do PTB para um churrasco em uma chácara para os lados da gleba São Rafael. Foram todos em cima da carroceira de uma caminhonete. Chegando perto do local do churrasco o Sr. Amadeu viu alguns soldados agredindo umas pessoas.. eles queriam obrigar "a força" os Petebistas assinassem a filiação do PSB. Amadeu que na época ainda era jovem pulou da carroceria do caminhão ainda em movimento e fugiu à pé. Ele nunca abandonou o seu velho PTB.
Na eleição de 1988 ele apoiou a chapa de José Perazolo, que era seu amigo. Perazolo, como eu, sempre enaltecia o trabalho de Amadeu e sempre dizia onde podia que ele era a sua referência maior na política. Naquele ano tive o prazer e a honra de levá-lo ao meu lado, no meu velho jipe 1951, sem capota, na carreata da vitória de Perazolo e João Dario. O João Dario tem a foto e ficou de me arrumar uma cópia. Ficaria muito feliz em publicá-la. Por favor João Dario, procure a foto aí para nós!...Tem malandro por ai que não merecia nem limpas as botinas dele..... um prefeito que economizava ate com hotel.... quando viajava para Curitiba se hospedava em hotel de 2ª categoria para economizar e aplicar somente em obras em favor do povo. JOSÉ CARLOS FARINA
PRINCIPAIS OBRAS:
Sua
primeira providencia foi percorrer todo o município a fim de
inspecionar as estradas municipais. De inicio mandou calçar o pátio
da rodoviária e criou o ponto de táxi. construiu o atual prédio da
prefeitura, o Fórum um novo abatedouro municipal e várias pontes de
concreto e de madeira. Doou terreno para a Escola Normal (hoje Escola
Dr. Vitório Franklin) e Colégio Santo Antonio. Asfaltou várias ruas do
centro da cidade, num total de 18.000 m2. e implantou várias galerias
de águas pluviais.Instalou energia elétrica em vários bairros inclusive
Vila Oliveira e Jardim Santa Terezinha. Deu inicio a construção do
prédio da Santa Casa, atual Posto de Saúde central. Conseguiu a
construção do Colégio Pres. Kennedy e a Caixa d´água elevada, que
atualmente pertence a Sanepar. Em sua gestão é iniciada a subscrição de
telefones com a primeira ligação no dia 26/05/62. Construiu
mais escolas municipais. Colocação das primeiras lâmpadas à mercúrio no
centro da cidade. Perfuração de um poço semi-artesiano para São
Martinho. pesquisa: Rolândia - Terra de Pioneiros, Dr. Orion Villanueva,
1974)
JOSÉ CARLOS FARINA VÍDEO CLIQUE
quinta-feira, 26 de março de 2015
FAMÍLIA DE LUIZ ANDRADE ( UM DOS FUNDADORES DO NACIONAL DE ROLÂNDIA )
MARJORIE ANDRADE ABUSSAFY ENVIA FOTOS E O SEGUINTE TEXTO:
Meu avô, Luiz Andrade, era farmacêutico em Rolândia e foi um dos fundadores do Nacional ( NAC). Meu pai, Luiz Celso Torrente Andrade. Minhas tias Rachel, Edy e Edmea Andrade. Meu avô era o Luiz Andrade, Minha avô era Benita Torrente Andrade. As fotos são de 1945 e foram tiradas no atual campo de nacional. São amigos de Luiz Andrade, de saudosa memória. A última foto é de Luiz Andrade e esposa. O nome da farmácia do meu avô em Rolândia era Três Irmãos. No jogo que inaugurou o campo do Nacional, meu avô
contratou o Corinthians para jogar. O Corinthians, perdeu o jogo e
quebrou todo o hotel em que estavam hospedados em Rolândia.
terça-feira, 24 de março de 2015
segunda-feira, 23 de março de 2015
Pioneiros Margot Elfriede Gerda Sthiel, Siegfried Fridel Goldschmidt,
"Sigfried Friedel Goldschmidt",
de saudosa memória, foi administrador 1940 a 1948, da Fazenda Bimini, depois Hidegardes até
set. 1952. . Era refugiado judeu da Alemanha. Quando chegou ao Brasil não entendia nada
de café! Em 1953 mudou para Nova Esperança-Pr. em terras próprias. Filhos: Rui, Elizabeth e Renato.
sábado, 21 de março de 2015
MAIORIA DOS IMIGRANTES VIVERAM NA SEMI-ESCARVIDÃO
Imigração Italiana - A viagem de navio
Depois de decidirem imigrar para o Brasil, quase sempre após terem sido
persuadidos pelos agentes e subagentes de imigração, a próxima etapa era
a viagem migratória. O primeiro desafio era chegar até o porto de
embarque. No caso do Norte, era o porto de Gênova e, no Sul, o porto de
Nápoles. A ida até o porto, que às vezes era feita a pé, inclusive no
inverno, envolvia aldeias inteiras. Antes de partir, vendiam os poucos
bens que possuíam. Frequentemente chegavam ao porto vários dias antes do
embarque, por má-fé dos agentes, mancomunados com taberneiros e
estalajadeiros, que tratavam de abusar dos preços.
FOME NO NAVIO
Uma vez dentro do navio, os imigrantes tinham que enfrentar uma viagem naval terrível, com duração entre 21-30 dias, amontoados no navio como passageiros de terceira classe. Não eram raros os envenenamentos por comida estragada, mortes por epidemias e ondas de furtos. Em 1888, em dois navios que transportavam imigrantes para o Brasil, o Matteo Bruzzo e o Carlo Raggio, 52 pessoas morreram de fome e, em 1899, no Frisna, 24 morreram por asfixia.
Uma vez dentro do navio, os imigrantes tinham que enfrentar uma viagem naval terrível, com duração entre 21-30 dias, amontoados no navio como passageiros de terceira classe. Não eram raros os envenenamentos por comida estragada, mortes por epidemias e ondas de furtos. Em 1888, em dois navios que transportavam imigrantes para o Brasil, o Matteo Bruzzo e o Carlo Raggio, 52 pessoas morreram de fome e, em 1899, no Frisna, 24 morreram por asfixia.
Ao chegarem ao porto brasileiro, se encantavam com o verde intenso da natureza exuberante do país e estranhavam os homens e mulheres de pele escura que perambulavam pelo porto, os quais os italianos nunca tinham visto em seu país de origem. Encaminhados para as fazendas, muitos imigrantes tiveram que enfrentar uma vida de semi-escravidão nas plantações de café, bem diferente dos relatos de paraíso vendido pelos agentes que os persuadiram a abandonar a Itália. Em consequência, um número elevado de imigrantes retornou para a Itália ou re-emigrou para outros países. Entre 1882 e 1914, entraram no estado de São Paulo 1.553.000 imigrantes e saíram 695.000, ou seja, 45% do total. Entre aqueles que voltaram para a Itália, ficaram na lembrança histórias trágicas que ainda hoje permanecem na memória dos filhos e netos desses imigrantes retornados. Mas também ficou na lembrança memórias positivas do Brasil, das plantações de café, das frutas tropicais que nunca mais iriam provar e, de certo modo, um agradecimento à terra que os havia permitido viver por algum tempo. Já aqueles que permaneceram no Brasil e ali reconstruíram suas vidas, influenciaram na formação dessa nação em diversos aspectos e contribuíram para o desenvolvimento do país social e economicamente.
IMIGRAÇÃO ITALIANA NO BRASIL
No Brasil, o interesse em receber mão-de-obra era
grande. As lavouras de café se expandiam e os movimentos abolicionistas culminaram,
justamente em 1888, com a abolição da escravatura. Na época, muito se discutia sobre
como substituir o trabalho escravo.
Uma das possibilidades cogitadas foi a importação de chineses, os "coolies", mas a idéia foi abandonada. Seria apenas uma nova forma de escravidão. Por fim, a imigração espontânea de europeus, principalmente italianos, foi a solução encontrada para o problema da mão-de-obra.
Ficou acertado que, os italianos que viessem para o Brasil, poderiam se dedicar à sua especialidade. O governo italiano incentivava a migração, inclusive subsidiando a viagem. Os desempregados tinham prioridade para embarcar.
O Brasil, em contrapartida, prometia aos imigrantes um lote de terra e bons salários. Não demorou para que os recém-chegados se decepcionassem. A viagem de até 30 dias da Itália para o porto de Santos era muito ruim. Os imigrantes vinham na terceira classe, nos porões dos navios. Havia superlotação, a comida era ruim e não havia assistência médica. Muitos morriam ainda na viagem.
No início, o governo recebia os imigrantes em alojamentos provisórios. Em 1882 foi inaugurada uma hospedaria, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. Mas o local era pequeno e lá proliferavam doenças. Foi necessário começar a construir um novo local que atendesse à demanda de estrangeiros.
Em junho de 1887 começou a funcionar a
Hospedaria do Imigrante, com capacidade para 1200 pessoas. Houve casos em que se registrou
a presença de 6 mil pessoas alojadas. Em 91 anos de atividade, o local acomodou quase
três milhões de pessoas. Hoje, o complexo abriga o Museu da Imigração.
Na nova Hospedaria, os imigrantes eram informados sobre o regulamento interno - impresso em seis idiomas -, recebiam refeições diárias e tinham acesso aos dormitórios, com divisões para famílias e solteiros.
Apesar da melhoria na chegada, era preciso ainda aprimorar o tratamento no trabalho. No início, os imigrantes eram tratados como escravos, alguns chegaram a dormir nas senzalas. Isso porque os fazendeiros demoraram algum tempo a se acostumar com o novo sistema de trabalho.
No estado de São Paulo a situação era melhor do que na maior parte do País. Com o que ganhavam nas colheitas, alguns imigrantes puderam juntar dinheiro para adquirir terras e até mesmo para se mudar para a capital. E foram o dinheiro e o espírito empreendedor de alguns desses imigrantes italianos que ajudaram a cidade de São Paulo a se desenvolver industrialmente.
Em 1900 imigrantes começaram a montar fábricas na capital, quase sempre no bairro do Brás, que por décadas foi um reduto italiano. Os Matarazzo e os Crespi foram os primeiros grandes industriais de São Paulo. Eles constituíram o grupo dos "condes italianos", título que mantiveram por décadas.
O Brás abrigou ainda a fábrica dos Scarpas, de Paschoal Bianco, além da loja ao Preço Fixo de Pontremolli, precursora das Lojas Americanas. A construção civil também teve expoentes italianos: Giuseppe Martinelli, que construiu seu edifício e Crestana, dono de grandes empreendimentos.
Já em 1900, 35 indústrias paulistas pertenciam a italianos. Em 1901, o Estado tinha cerca de 50 mil industriários, sendo que menos de 10% deles eram brasileiros, pois a maioria era de italianos.
Curiosidades:
- De 1870 a 1920, o Brasil recebeu cerca de 1,5 milhão de imigrantes italianos. Só para o Estado de São Paulo vieram 965 mil, ou seja, quase 70% do total.
- De acordo com dados da biblioteca do Memorial do Imigrante, de 1880 a 1889 o Estado de São Paulo recebeu 144.654 italianos. Só em 1888 vieram para o Estado 91.826 imigrantes, destes, 80.749 italianos.
- Em 1889 já se falava em excesso de imigrantes no País.
- Em 1890, a cidade de São Paulo registrou a chegada de aproximadamente 64 mil imigrantes da Itália.
- Durante a Segunda guerra (1939 a 1945) o governo italiano suspendeu a imigração subsidiada.
- No início do século, circulavam em São Paulo quatro jornais em italiano.
- Acredita-se que houve um tempo em que o idioma mais falado em São Paulo era o italiano.
- Estima-se que ainda hoje São Paulo possua a terceira maior colônia italiana, depois de Nova York e Buenos Aires.
- Dados de 2000 da Embaixada da Itália apontam a presença de 25 milhões italianos e descendentes no Brasil.
- O Estado de São Paulo abriga hoje 6 milhões italianos e descendentes, segundo estimativa do Consulado Italiano.
(trabalho elaborado por Carolina Martinelli Massaro)
Curiosidades:
Uma das possibilidades cogitadas foi a importação de chineses, os "coolies", mas a idéia foi abandonada. Seria apenas uma nova forma de escravidão. Por fim, a imigração espontânea de europeus, principalmente italianos, foi a solução encontrada para o problema da mão-de-obra.
Ficou acertado que, os italianos que viessem para o Brasil, poderiam se dedicar à sua especialidade. O governo italiano incentivava a migração, inclusive subsidiando a viagem. Os desempregados tinham prioridade para embarcar.
O Brasil, em contrapartida, prometia aos imigrantes um lote de terra e bons salários. Não demorou para que os recém-chegados se decepcionassem. A viagem de até 30 dias da Itália para o porto de Santos era muito ruim. Os imigrantes vinham na terceira classe, nos porões dos navios. Havia superlotação, a comida era ruim e não havia assistência médica. Muitos morriam ainda na viagem.
No início, o governo recebia os imigrantes em alojamentos provisórios. Em 1882 foi inaugurada uma hospedaria, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. Mas o local era pequeno e lá proliferavam doenças. Foi necessário começar a construir um novo local que atendesse à demanda de estrangeiros.
Na nova Hospedaria, os imigrantes eram informados sobre o regulamento interno - impresso em seis idiomas -, recebiam refeições diárias e tinham acesso aos dormitórios, com divisões para famílias e solteiros.
Apesar da melhoria na chegada, era preciso ainda aprimorar o tratamento no trabalho. No início, os imigrantes eram tratados como escravos, alguns chegaram a dormir nas senzalas. Isso porque os fazendeiros demoraram algum tempo a se acostumar com o novo sistema de trabalho.
No estado de São Paulo a situação era melhor do que na maior parte do País. Com o que ganhavam nas colheitas, alguns imigrantes puderam juntar dinheiro para adquirir terras e até mesmo para se mudar para a capital. E foram o dinheiro e o espírito empreendedor de alguns desses imigrantes italianos que ajudaram a cidade de São Paulo a se desenvolver industrialmente.
Em 1900 imigrantes começaram a montar fábricas na capital, quase sempre no bairro do Brás, que por décadas foi um reduto italiano. Os Matarazzo e os Crespi foram os primeiros grandes industriais de São Paulo. Eles constituíram o grupo dos "condes italianos", título que mantiveram por décadas.
O Brás abrigou ainda a fábrica dos Scarpas, de Paschoal Bianco, além da loja ao Preço Fixo de Pontremolli, precursora das Lojas Americanas. A construção civil também teve expoentes italianos: Giuseppe Martinelli, que construiu seu edifício e Crestana, dono de grandes empreendimentos.
Já em 1900, 35 indústrias paulistas pertenciam a italianos. Em 1901, o Estado tinha cerca de 50 mil industriários, sendo que menos de 10% deles eram brasileiros, pois a maioria era de italianos.
Curiosidades:
- De 1870 a 1920, o Brasil recebeu cerca de 1,5 milhão de imigrantes italianos. Só para o Estado de São Paulo vieram 965 mil, ou seja, quase 70% do total.
- De acordo com dados da biblioteca do Memorial do Imigrante, de 1880 a 1889 o Estado de São Paulo recebeu 144.654 italianos. Só em 1888 vieram para o Estado 91.826 imigrantes, destes, 80.749 italianos.
- Em 1889 já se falava em excesso de imigrantes no País.
- Em 1890, a cidade de São Paulo registrou a chegada de aproximadamente 64 mil imigrantes da Itália.
- Durante a Segunda guerra (1939 a 1945) o governo italiano suspendeu a imigração subsidiada.
- No início do século, circulavam em São Paulo quatro jornais em italiano.
- Acredita-se que houve um tempo em que o idioma mais falado em São Paulo era o italiano.
- Estima-se que ainda hoje São Paulo possua a terceira maior colônia italiana, depois de Nova York e Buenos Aires.
- Dados de 2000 da Embaixada da Itália apontam a presença de 25 milhões italianos e descendentes no Brasil.
- O Estado de São Paulo abriga hoje 6 milhões italianos e descendentes, segundo estimativa do Consulado Italiano.
(trabalho elaborado por Carolina Martinelli Massaro)
Curiosidades:
- De 1870 a 1920, o Brasil recebeu cerca de 1,5 milhão
de imigrantes italianos. Só para o Estado de São Paulo vieram 965 mil, ou seja, quase
70% do total.
- De acordo com dados da biblioteca do Memorial do Imigrante, de 1880 a 1889 o Estado de São Paulo recebeu 144.654 italianos. Só em 1888 vieram para o Estado 91.826 imigrantes, destes, 80.749 italianos.
- Em 1889 já se falava em excesso de imigrantes no País.
- Em 1890, a cidade de São Paulo registrou a chegada de aproximadamente 64 mil imigrantes da Itália.
- Durante a Segunda guerra (1939 a 1945) o governo italiano suspendeu a imigração subsidiada.
- No início do século, circulavam em São Paulo quatro jornais em italiano.
- Acredita-se que houve um tempo em que o idioma mais falado em São Paulo era o italiano.
- Estima-se que ainda hoje São Paulo possua a terceira maior colônia italiana, depois de Nova York e Buenos Aires.
- Dados de 2000 da Embaixada da Itália apontam a presença de 25 milhões italianos e descendentes no Brasil.
- O Estado de São Paulo abriga hoje 6 milhões italianos e descendentes, segundo estimativa do Consulado Italiano.
(trabalho elaborado por Carolina Martinelli Massaro)
- De acordo com dados da biblioteca do Memorial do Imigrante, de 1880 a 1889 o Estado de São Paulo recebeu 144.654 italianos. Só em 1888 vieram para o Estado 91.826 imigrantes, destes, 80.749 italianos.
- Em 1889 já se falava em excesso de imigrantes no País.
- Em 1890, a cidade de São Paulo registrou a chegada de aproximadamente 64 mil imigrantes da Itália.
- Durante a Segunda guerra (1939 a 1945) o governo italiano suspendeu a imigração subsidiada.
- No início do século, circulavam em São Paulo quatro jornais em italiano.
- Acredita-se que houve um tempo em que o idioma mais falado em São Paulo era o italiano.
- Estima-se que ainda hoje São Paulo possua a terceira maior colônia italiana, depois de Nova York e Buenos Aires.
- Dados de 2000 da Embaixada da Itália apontam a presença de 25 milhões italianos e descendentes no Brasil.
- O Estado de São Paulo abriga hoje 6 milhões italianos e descendentes, segundo estimativa do Consulado Italiano.
(trabalho elaborado por Carolina Martinelli Massaro)
BRASIL PAGAVA AS PASSAGENS DO IIMIGRANTES NO NAVIO (IMIGRAÇÃO ITALIANA)
WHIKIPEDIA
A imigração italiana no Brasil foi intensa, tendo como ápice o
período entre os anos de 1880 e 1930. A maior parte dela se concentrou
no estado de São Paulo.7
Os italianos começaram a imigrar em número significativo para o Brasil a
partir da década de 1870. Foram impulsionados pelas transformações
socioeconômicas em curso no Norte da península itálica,
que afetaram sobretudo a propriedade da terra. Um aspecto peculiar à
imigração em massa italiana é que ela começou a ocorrer pouco após a unificação da Itália (1861), razão pela qual uma identidade nacional desses imigrantes se forjou, em grande medida, no Brasil.7
O século XIX foi marcado por uma intensa expulsão demográfica na Europa. O alto crescimento da população, ao lado do acelerado processo de industrialização,
afetaram diretamente as oportunidades de emprego naquele continente.
Estima-se que, entre 1870 e 1970, em torno de 28 milhões de italianos
emigraram (aproximadamente a metade da população da Itália). Entre os
destinos principais estavam diversos países da Europa, América do Norte e América do Sul.8
Não apenas a população da Itália, mas de toda a Europa de um modo geral estava afundada na miséria no século XIX. A transição entre um modelo de produção feudal para um sistema capitalista afetou diretamente as condições sociais no continente europeu.9
As terras ficaram concentradas nas mãos de poucos proprietários, havia
altas taxas de impostos sobre a propriedade, fazendo o pequeno
proprietário se endividar com empréstimos. Havia a concorrência desigual
com as grandes propriedades rurais, que fazia o preço dos produtos do
pequeno proprietário ficarem muito baixos, empurrando essa mão-de-obra
para as indústrias nascentes, que não conseguiam absorver essa massa de
trabalhadores, saturando as cidades com desempregados. A medida que a
disputa pelos mercados consumidores se acirrou, a concentração de terras
nas mãos de poucos se agravou. Assim, milhões de camponeses, que antes
eram pequenos proprietários rurais, desceram à condição de trabalhadores
braçais (bracciante) nas grandes propriedades rurais. Mesmo
aqueles que continuaram na condição de pequenos proprietários não
conseguiam mais tirar seu sustento da terra. Isto porque as terras eram
normalmente adquiridas por herança, e o filho mais velho adquiria a
propriedade após a morte do pai, enquanto os outros filhos eram
excluídos. Mesmo quando as terras eram divididas entre os filhos, o
fracionamento acarretava no recebimento de um pedaço de terra muito
pequeno, tornando impossível dali extrair o sustento.9
No século XIX, a população europeia cresceu duas vezes e meia, agravando ainda mais os problemas sociais naquele continente. Ao retratar o Vêneto
oitocentista, região italiana de onde veio 30% dos imigrantes italianos
no Brasil, o historiador Emilio Franzina escreveu que "podia-se morrer
de inanição e que a única alimentação da classe rural não passava de
polenta, uma vez que a carne de vaca era um mito e o pão de farinha de
trigo inacessível pelo seu alto preço". Em outras regiões da Itália e em
outros países europeus a situação não era diferente: a fome e a miséria
assolavam a Europa. O camponês europeu nutria grande amor pelo seu
pedaço de terra e toda a sua existência girava em torno da manutenção da
sua propriedade. O seu mundo não ia além da comunidade a qual pertencia
e seu ideal econômico era a auto suficiência. O continente americano
aparece, nesse contexto, como um destino sonhado por milhões de
europeus, que imigravam com a promessa de se tornarem grandes
proprietários agrícolas.9
Foi assim que milhões de camponeses europeus, que não conheciam nada
além do seu vilarejo de origem, tornaram-se emigrantes. Primeiramente,
buscaram trabalho nas cidades. Em seguida, nos países vizinhos, numa
migração sazonal quando a demanda por mão-de-obra aumentava, como em
época de colheitas. Depois, regressavam para casa. Quando essas
alternativas já não surtiam mais efeito, buscaram a emigração
transoceânica, sobretudo para os países das Américas. Estados Unidos, Canadá e Argentina
eram países que tinham a capacidade de atrair grande número de
imigrantes espontâneos. O Brasil, por sua vez, teve que apelar para uma
migração subvencionada, na qual o próprio governo brasileiro pagava a
passagem dos imigrantes.9 Do fim das Guerras Napoleônicas até a década de 1930, 60 milhões de europeus emigraram. Destes, 71% foram para a América do Norte, 21% para a América Latina (sobretudo Argentina e Brasil) e 7% para a Austrália.
Nota-se que a nacionalidade que mais imigrou para a América Latina foi a
italiana, superando os espanhóis e os portugueses. Dos 11 milhões de
imigrantes que foram para a América Latina, 38% eram italianos, 28% eram
espanhóis e 11% eram portugueses.10
IMIGRAÇÃO ITALIANA NO BRASIL
Ficou acertado que, os italianos que viessem para o
Brasil, poderiam se dedicar à sua especialidade. O governo italiano incentivava a
migração, inclusive subsidiando a viagem. Os desempregados tinham prioridade para
embarcar.
O Brasil, em contrapartida, prometia aos imigrantes um lote de terra e bons salários. Não demorou para que os recém-chegados se decepcionassem. A viagem de até 30 dias da Itália para o porto de Santos era muito ruim. Os imigrantes vinham na terceira classe, nos porões dos navios. Havia superlotação, a comida era ruim e não havia assistência médica. Muitos morriam ainda na viagem.
No início, o governo recebia os imigrantes em alojamentos provisórios. Em 1882 foi inaugurada uma hospedaria, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. Mas o local era pequeno e lá proliferavam doenças. Foi necessário começar a construir um novo local que atendesse à demanda de estrangeiros.
O Brasil, em contrapartida, prometia aos imigrantes um lote de terra e bons salários. Não demorou para que os recém-chegados se decepcionassem. A viagem de até 30 dias da Itália para o porto de Santos era muito ruim. Os imigrantes vinham na terceira classe, nos porões dos navios. Havia superlotação, a comida era ruim e não havia assistência médica. Muitos morriam ainda na viagem.
No início, o governo recebia os imigrantes em alojamentos provisórios. Em 1882 foi inaugurada uma hospedaria, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. Mas o local era pequeno e lá proliferavam doenças. Foi necessário começar a construir um novo local que atendesse à demanda de estrangeiros.
Em junho de 1887 começou a funcionar a
Hospedaria do Imigrante, com capacidade para 1200 pessoas. Houve casos em que se registrou
a presença de 6 mil pessoas alojadas. Em 91 anos de atividade, o local acomodou quase
três milhões de pessoas. Hoje, o complexo abriga o Museu da Imigração.
Na nova Hospedaria, os imigrantes eram informados sobre o regulamento interno - impresso em seis idiomas -, recebiam refeições diárias e tinham acesso aos dormitórios, com divisões para famílias e solteiros.
Apesar da melhoria na chegada, era preciso ainda aprimorar o tratamento no trabalho. No início, os imigrantes eram tratados como escravos, alguns chegaram a dormir nas senzalas. Isso porque os fazendeiros demoraram algum tempo a se acostumar com o novo sistema de trabalho.
No estado de São Paulo a situação era melhor do que na maior parte do País. Com o que ganhavam nas colheitas, alguns imigrantes puderam juntar dinheiro para adquirir terras e até mesmo para se mudar para a capital. E foram o dinheiro e o espírito empreendedor de alguns desses imigrantes italianos que ajudaram a cidade de São Paulo a se desenvolver industrialmente.
Em 1900 imigrantes começaram a montar fábricas na capital, quase sempre no bairro do Brás, que por décadas foi um reduto italiano. Os Matarazzo e os Crespi foram os primeiros grandes industriais de São Paulo. Eles constituíram o grupo dos "condes italianos", título que mantiveram por décadas.
O Brás abrigou ainda a fábrica dos Scarpas, de Paschoal Bianco, além da loja ao Preço Fixo de Pontremolli, precursora das Lojas Americanas. A construção civil também teve expoentes italianos: Giuseppe Martinelli, que construiu seu edifício e Crestana, dono de grandes empreendimentos.
Já em 1900, 35 indústrias paulistas pertenciam a italianos. Em 1901, o Estado tinha cerca de 50 mil industriários, sendo que menos de 10% deles eram brasileiros, pois a maioria era de italianos.
Curiosidades:
- De 1870 a 1920, o Brasil recebeu cerca de 1,5 milhão de imigrantes italianos. Só para o Estado de São Paulo vieram 965 mil, ou seja, quase 70% do total.
- De acordo com dados da biblioteca do Memorial do Imigrante, de 1880 a 1889 o Estado de São Paulo recebeu 144.654 italianos. Só em 1888 vieram para o Estado 91.826 imigrantes, destes, 80.749 italianos.
- Em 1889 já se falava em excesso de imigrantes no País.
- Em 1890, a cidade de São Paulo registrou a chegada de aproximadamente 64 mil imigrantes da Itália.
- Durante a Segunda guerra (1939 a 1945) o governo italiano suspendeu a imigração subsidiada.
- No início do século, circulavam em São Paulo quatro jornais em italiano.
- Acredita-se que houve um tempo em que o idioma mais falado em São Paulo era o italiano.
- Estima-se que ainda hoje São Paulo possua a terceira maior colônia italiana, depois de Nova York e Buenos Aires.
- Dados de 2000 da Embaixada da Itália apontam a presença de 25 milhões italianos e descendentes no Brasil.
- O Estado de São Paulo abriga hoje 6 milhões italianos e descendentes, segundo estimativa do Consulado Italiano.
(trabalho elaborado por Carolina Martinelli Massaro)
Curiosidades:
Na nova Hospedaria, os imigrantes eram informados sobre o regulamento interno - impresso em seis idiomas -, recebiam refeições diárias e tinham acesso aos dormitórios, com divisões para famílias e solteiros.
Apesar da melhoria na chegada, era preciso ainda aprimorar o tratamento no trabalho. No início, os imigrantes eram tratados como escravos, alguns chegaram a dormir nas senzalas. Isso porque os fazendeiros demoraram algum tempo a se acostumar com o novo sistema de trabalho.
No estado de São Paulo a situação era melhor do que na maior parte do País. Com o que ganhavam nas colheitas, alguns imigrantes puderam juntar dinheiro para adquirir terras e até mesmo para se mudar para a capital. E foram o dinheiro e o espírito empreendedor de alguns desses imigrantes italianos que ajudaram a cidade de São Paulo a se desenvolver industrialmente.
Em 1900 imigrantes começaram a montar fábricas na capital, quase sempre no bairro do Brás, que por décadas foi um reduto italiano. Os Matarazzo e os Crespi foram os primeiros grandes industriais de São Paulo. Eles constituíram o grupo dos "condes italianos", título que mantiveram por décadas.
O Brás abrigou ainda a fábrica dos Scarpas, de Paschoal Bianco, além da loja ao Preço Fixo de Pontremolli, precursora das Lojas Americanas. A construção civil também teve expoentes italianos: Giuseppe Martinelli, que construiu seu edifício e Crestana, dono de grandes empreendimentos.
Já em 1900, 35 indústrias paulistas pertenciam a italianos. Em 1901, o Estado tinha cerca de 50 mil industriários, sendo que menos de 10% deles eram brasileiros, pois a maioria era de italianos.
Curiosidades:
- De 1870 a 1920, o Brasil recebeu cerca de 1,5 milhão de imigrantes italianos. Só para o Estado de São Paulo vieram 965 mil, ou seja, quase 70% do total.
- De acordo com dados da biblioteca do Memorial do Imigrante, de 1880 a 1889 o Estado de São Paulo recebeu 144.654 italianos. Só em 1888 vieram para o Estado 91.826 imigrantes, destes, 80.749 italianos.
- Em 1889 já se falava em excesso de imigrantes no País.
- Em 1890, a cidade de São Paulo registrou a chegada de aproximadamente 64 mil imigrantes da Itália.
- Durante a Segunda guerra (1939 a 1945) o governo italiano suspendeu a imigração subsidiada.
- No início do século, circulavam em São Paulo quatro jornais em italiano.
- Acredita-se que houve um tempo em que o idioma mais falado em São Paulo era o italiano.
- Estima-se que ainda hoje São Paulo possua a terceira maior colônia italiana, depois de Nova York e Buenos Aires.
- Dados de 2000 da Embaixada da Itália apontam a presença de 25 milhões italianos e descendentes no Brasil.
- O Estado de São Paulo abriga hoje 6 milhões italianos e descendentes, segundo estimativa do Consulado Italiano.
(trabalho elaborado por Carolina Martinelli Massaro)
Curiosidades:
- De 1870 a 1920, o Brasil recebeu cerca de 1,5 milhão
de imigrantes italianos. Só para o Estado de São Paulo vieram 965 mil, ou seja, quase
70% do total.
- De acordo com dados da biblioteca do Memorial do Imigrante, de 1880 a 1889 o Estado de São Paulo recebeu 144.654 italianos. Só em 1888 vieram para o Estado 91.826 imigrantes, destes, 80.749 italianos.
- Em 1889 já se falava em excesso de imigrantes no País.
- Em 1890, a cidade de São Paulo registrou a chegada de aproximadamente 64 mil imigrantes da Itália.
- Durante a Segunda guerra (1939 a 1945) o governo italiano suspendeu a imigração subsidiada.
- No início do século, circulavam em São Paulo quatro jornais em italiano.
- Acredita-se que houve um tempo em que o idioma mais falado em São Paulo era o italiano.
- Estima-se que ainda hoje São Paulo possua a terceira maior colônia italiana, depois de Nova York e Buenos Aires.
- Dados de 2000 da Embaixada da Itália apontam a presença de 25 milhões italianos e descendentes no Brasil.
- O Estado de São Paulo abriga hoje 6 milhões italianos e descendentes, segundo estimativa do Consulado Italiano.
(trabalho elaborado por Carolina Martinelli Massaro)
- De acordo com dados da biblioteca do Memorial do Imigrante, de 1880 a 1889 o Estado de São Paulo recebeu 144.654 italianos. Só em 1888 vieram para o Estado 91.826 imigrantes, destes, 80.749 italianos.
- Em 1889 já se falava em excesso de imigrantes no País.
- Em 1890, a cidade de São Paulo registrou a chegada de aproximadamente 64 mil imigrantes da Itália.
- Durante a Segunda guerra (1939 a 1945) o governo italiano suspendeu a imigração subsidiada.
- No início do século, circulavam em São Paulo quatro jornais em italiano.
- Acredita-se que houve um tempo em que o idioma mais falado em São Paulo era o italiano.
- Estima-se que ainda hoje São Paulo possua a terceira maior colônia italiana, depois de Nova York e Buenos Aires.
- Dados de 2000 da Embaixada da Itália apontam a presença de 25 milhões italianos e descendentes no Brasil.
- O Estado de São Paulo abriga hoje 6 milhões italianos e descendentes, segundo estimativa do Consulado Italiano.
(trabalho elaborado por Carolina Martinelli Massaro)
terça-feira, 17 de março de 2015
sábado, 14 de março de 2015
JUIZES, PROMOTORES DE JUSTIÇA E SERVENTUÁRIOS DA JUSTIÇA DE ROLÂNDIA ( FOTOS )
FOTOS DO SITE WWW.TJPR.ORG.BR
(by José Carlos Farina)
DRa. ANA CRISTINA PENHALBEL MORAES, COM O VICE-PRESIDENTE DO TJPR E SERVENTUÁRIOS DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
DRA. ANA e DR. LUDOVICO COM O VICE-PRES. DO TJPR
DRA. ANA e DR. ALBERTO DESCERRANDO A PLACA DE INSTALAÇÃO DA VARA DOS JUIZADOS ESPECIAIS.
(by José Carlos Farina)
DRa. ANA CRISTINA PENHALBEL MORAES, COM O VICE-PRESIDENTE DO TJPR E SERVENTUÁRIOS DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
DR. MARCOS ROGÉRIO
CÉSAR ROCHA, DR. ALBERTO LUDOVICO, DRa. ANA CRISTINA PENHALBEL MORAES, COM O VICE-PRES. DO TJPR, PREFEITO E CONVIDADOS (INSTALAÇÃO DA VARA DOS JUIZADOS ESPECIAIS)
DRA. . ANA CRISTINA PENHALBEL MORAES, DR. MARCOS ROGÉRIO
CÉSAR ROCHA, DR. ALBERTO LUDOVICO, DRa. LUCIMARA SALLES e DRa. SORAIA, COM O PRES. DO TJPR.
DRa. ANA CRISTINA PENHALBEL MORAES, COM O VICE-PRES. DO TJPR.
DRA. ANA e DR. LUDOVICO COM O VICE-PRES. DO TJPR
DRA. ANA e DR. ALBERTO DESCERRANDO A PLACA DE INSTALAÇÃO DA VARA DOS JUIZADOS ESPECIAIS.
quinta-feira, 12 de março de 2015
quarta-feira, 11 de março de 2015
sábado, 7 de março de 2015
TRAMELAS ( CASAS DE SÍTIO )
VOCES SÃO DO TEMPO QUE AS FECHADURAS DE CASA ERA A TRAMELA??? ... EU SOU
sexta-feira, 6 de março de 2015
NA ROÇA ERA ASSIM
economia na agua e na energia .
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