segunda-feira, 25 de junho de 2018

HOTEL ROLÂNDIA NA FOLHA DE LONDRINA

FOLHA DE LONDRINA

JUNHO/2018

OBRA CONTINUA PARADA

Rolândia - As obras do Centro Histórico de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina) foram anunciadas em setembro de 2011 pela administração municipal. A promessa era construir o Museu Municipal e o Instituto Cultural Elifas Andreato, além da reconstrução do Hotel Rolândia. A composição custaria em torno de R$ 500 mil, segundo foi publicado pelo site oficial da Prefeitura. Porém, pouco mais de seis anos depois, a única obra em andamento é o museu, que ainda está inacabado e sem funcionamento. A maioria das madeiras originais do Hotel Rolândia – demolido no mesmo ano do anúncio e que seria reconstruído ao lado do museu – teria sido perdida, deixando a construção parcialmente comprometida. 


Integrantes do Contur (Conselho de Turismo de Rolândia) começaram a organizar um mutirão para ajudar na reconstrução do hotel e evitar mais prejuízos às obras e ao material original. A ideia é reunir pessoas que se preocupem com a preservação do local. O hotel, originalmente construído em 1934, é a obra mais antiga da cidade. "Mudaram gestões, o material sumiu, começaram a fazer a réplica (do hotel) e ela foi abandonada. Depois de uma chuva forte que teve aqui em 2016, o município ficou com menos dinheiroainda, os moradores de rua tomaram conta do local, está tudo aberto", lamentou Daniel Steidle, presidente do Contur. "Queremos agora colocar um alambrado. Vai abrir o museu agora ao lado, então se justifica agora fazer essa ação comunitária." 

Os moradores que vivem nas proximidades relataram que o tráfico é preocupante, mas por medo, pediram para não serem identificados. Eles disseram que é surpreendente o número de pessoas que passam pela região em busca de drogas, apensar de a Polícia Militar fazer rondas diárias. "Tem um pessoal que fica aí direto, dorme aí dentro ou no barracão da frente. É um pouco perigoso, ainda mais que estão construindo o museu", afirmou um vendedor ambulante. 

Segundo Danilton Aragão, professor de arquitetura e urbanismo da Unifil e que está acompanhando o processo, a estrutura de madeira, que tem como base a peroba, está preservada. "Houve um estrago na parte de fechamento do local e terá que ser substituída, mas a parte mais complexa está montada e está em boas condições", afirmou. 

Segundo a administração municipal, a ideia era quantificar o que seria necessário para o reinício da obra já em 2018, porém, após a proposta dos conselhos, a ideia foi a composição do comitê com a participação da comunidade, mas sem pular etapas. "Não é apenas arrecadar, ir lá e fazer, existe uma legislação interna a seguir, será montado um comitê agora que fará a análise do projeto sobre o curso de materiais e tomará outras decisões, tudo isso junto com um novo planejamento", frisou a secretária de Planejamento, Catarina Schauff. Segundo ela, a administração segue buscando recursos e parcerias para seguir com a obra. 

Outro espaço que faria parte do Centro Histórico é um barracão, que ainda pertence à união, e abrigava a estação ferroviária da cidade – atualmente abandonado. "Nós estamos na fase de pleitear a doação do barracão ao município, temos novos projetos para lá de enfim construir um patrimônio histórico para a cidade", afirmou a secretária.


Matheus Camargo
Reportagem Local

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