sábado, 5 de novembro de 2016

HISTÓRIA DA FAMÍLIA FARINA DE ROLÂNDIA - PR.

PATRIARCA

GIUSEPPE LORENZO FARINA, NASCIDO EM GHISALBA, BÉRGAMO, ITÁLIA, EM 29 DE SETEMBRO DE 1894, FILHO DE PIETRO SANTO FARINA E MARIA PISONI. BISAVÓS, DAVIDE FARINA E MARIA MANDELLI,

DESEMBARCOU NO BRASIL EM FEVEREIRO DE 1896.

INICIALMENTE TRABALHARAM COMO COLONOS NA FAZENDA VISCONDE DE PARNAÍBA, JARDINÓPOLIS-SP.

PIETRO FARINA MORREU NESTA FAZENDA ONDE SEMPRE TRABALHOU.

GIUSEPPI CASOU UM JARDINÓPOLIS COM ADELAIDA CANTARIN.

TIVERAM 4 FILHOS: ANTONIO, JOSÉ, LAURA E IRINEU.

EM 1940 GIUSEPPI COMPROU 8 ALQUEIRES DE TERRAS EM ROLÂNDIA, GLEBA CICLONE, ONDE PLANTAVA CAFÉ, ARROZ, MILHO E FEIJÃO.

NA DÉCADA DE 50, O FILHO JOSÉ FARINA FILHO, MUDOU PARA A CIDADE DE ROLÂNDIA, ONDCE EXERCEU A PROFISSÃO DE CORRETOR DE IMÓVEIS.

ANTONIO, TABALHOU EM SUA CHÁCARA PERTO DO JARDIM TEREZÓPOLIS, E DEPOIS FOI FUNCIONÁRIO MUNICIPAL.

IRINEU EXERCEU A PROFISSÃO DE CONSTRUTOR E CARPINTEIRO.

LAURA CASOU COM RENATO LOVATO E CONTINUOU A EXERCER A PROFISSÃO DA AGRICULTORA.

GIUSETTI E ADELAIDE, FALECERAM EM ROLÂNDIA, ONDE ESTÃO SEPUTADOS.

PIETRO FARINA E MARIA PISONI ESTÃO SEPULTADOS EM JARDINÓPOLIS-SP.



legenda de fotos: 1ª foto, José farina Filho e José Carlos Farina. 2ª foto, Giuseppi Farina, o patriarca.

RELATO DE JOSÉ CARLOS FARINA SOBRE A FAMÍLIA FARINA DE ROLÂNDIA

IMIGRANTES ITALIANOS

Meu bisavô Pietro Farina chegou no Brasil em 1896 originário de Ghisalba, Bérgamo, Itália, em companhia de esposa Marina e do meu avô Giuseppi no colo com apenas 2 anos de idade. 
Trouxe apenas uma mala. Por não ter dinheiro nem estudo foi trabalhar como colono na Fazenda Visconde Paranaíba (Jardinópolis-Sp.) onde ficou até morrer. 
O povo de hoje não sabe mas a maioria dos colonos das fazendas de café da região de Ribeirão Preto foram tratados como semi escravos. 
Pelo fato deles não saberem ler e escrever e por não falar o português, trabalhavam praticamente a troco da comida. 
Não podiam reclamar. Tinham que pagar para o fazendeiro o valor das passagens da Itália até o Brasil. 
Consumiam os gêneros alimentícios fornecidos pelo patrão e no final do mês quase nada tinham para receber. 
A maioria dos fazendeiros tinham jagunços que não deixavam os imigrantes saírem antes de saldar as "contas", que nunca tinham fim. 
Meu bisavô morreu em casa sem assistência médica acometido de "disenteria". 
Já meu Avô Giuseppe Farina conseguiu juntar um pouco de dinheiro trabalhando na mesma fazenda, vindo depois para Rolândia em 1940 onde comprou um sítio de 8 alqueires nas proximidades do antigo Campo de Aviação (próximo a represa do Ingazinho). 
O meu saudoso pai José Farina Filho trabalhou desde pequeno na roça de café e depois com apenas o primário incompleto veio para a cidade em 1952 onde começou a comercializar lenha que as pessoas precisavam para alimentar os seus fogões "econômicos" ou "caipiras". 
Depois de três anos começou a trabalhar como corretor de terras para a Companhia de Terras Norte do Paraná.  
Nesta profissão, que acabou se profissionalizando e recebendo Carteira profissional, permaneceu até a sua aposentadoria. 
As vezes algumas pessoas falam dos "Farinas" mas, mal sabem que a história desta família não é diferente da história dos outros imigrantes, que com muito trabalho, ajudaram a tornar o Brasil uma nação próspera. 
Tenho orgulho de ser filho e neto de pioneiros italianos que deixaram em nosso solo muito suor e sangue. 
Da minha parte tive que trabalhar também desde os 12 anos de idade. Trabalhava de dia e estudava a noite até me formar advogado. 
Meus irmãos também trabalharam muito a vida toda. 
Deus abençoe a pátria brasileira. Deus abençoe Rolândia.. TERRA DE PIONEIROS. ( Na foto vemos José Carlos Farina ( autor de relato) ao lado de seu saudoso pai José Farina Filho.

* GIUSEPPI  FARINA, NASCIDO EM 24/09/1894 (GHISALBA, BÉRGAMO-ITALIA,), FILHO DE MARIA PISONI E PIETRO SANTE FARINA (1866)

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