segunda-feira, 16 de julho de 2012

IRMÃOS AVENTUREIROS DE ROLÂNDIA - norte do paraná


Mudei os nomes das pessoas. É que não tenho autorização para contar a seguinte história real: Nos anos 70 o mineiro Eduardo foi passear na região de Ortigueira com a família. Ao sair de casa tomou umas branquinhas e na estrada mais algumas. Já meio alegre parou o carro para abastecer próximo a Faxinal. Enquanto o frentista abastecia o carro Eduardo encostou na "bomba" e teve a impressão de  ter levado um choque. O frentista riu do episódio. Como Eduardo não gosta de brincadeiras discutiu com o rapaz e para não fazer "burrada" perto da família veio embora  para Rolândia. Era um domingo e chovia bastante. Deixou a família em casa, pegou duas perucas loiras, dois revólveres e uma carabina e foi na casa do seu irmão Gilberto, que sempre o acompanhava em todas as suas proezas. Ao chegar na casa de Gilberto recebeu a informação da mãe que o mesmo estava no cinema com a namorada. Eduardo não se fez de logrado, foi até o cinema... Ao chegar na portaria o rapaz da bilheteria vendo aquela figura com uma peruca loira na cabeça, dois revólveres Colt 38 na cintura e uma carabina na mão direita, nem pediu o ingresso... já foi autorizando a entrada. O filme já tinha começado... no meio da escuridão, Eduardo que já tinha tomado mais "uma"  no Bar Cinelândia começou a gritar: - Gilberto!... Gilberto!... O irmão ao ouvir o seu nome conheceu  o sotaque do irmão e foi lá ver o que tinha acontecido e perguntou: - O que foi Eduardo? o que aconteceu "pro cê"  me procurar aqui e com este peruca na cabeça? Eduardo respondeu: - vem comigo que nós vamos matar um sujeito que me desacatou na presença de minha família lá em Faxinal.... Gilberto para evitar maior escândalo levou a namorada pra casa e entrou no carro do irmão que seguiu em direção a Faxinal em meio a forte chuva. Gilberto ia argumentando com o irmão: - deixa isso pra lá... ninguém te conhece lá em Faxinal... pra que matar um sujeito que você nem conhece? Eduardo retrucou: - Mas eu não posso aceitar isso... ele não podia me desacatar assim.. Depois de muito insistência e vendo que não tinha jeito mesmo, Gilberto sentenciou: - Então pára em um buteco ai para eu tomar uma dose, pois eu não posso matar um sujeito que eu nem conheço com o sangue frio... E assim fizeram.. pararam num bar beberam várias doses e depois da meia noite, já bastante bêbados foram até o posto para executar o frentista. Mas chegaram muito tarde e o posto já estava fechado. Assim acabaram voltando para casa bêbados e o máximo que fizeram foi descarregarem os dois revólveres nas placas da beira da estrada e riram bastante de loucura que quase fizeram. JOSÉ CARLOS FARINA

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